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JPMorgan: busca de investidores por proteção impulsiona o ouro, mas não o bitcoin

Banco aponta que criptomoeda ainda não tem sido tratada como um ativo de reserva de valor pelo mercado financeiro

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 17 de abril de 2025 às 11h28.

Última atualização em 17 de abril de 2025 às 11h59.

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O JPMorgan divulgou um relatório na última quarta-feira, 16, em que afirma que o bitcoin não tem sido capaz de se beneficiar da busca dos investidores por uma proteção contra o momento atual do mercado. Atualmente, o ouro segue sendo o grande ativo procurado pelos investidores.

No relatório, analistas do banco pontuam que o ouro está conseguindo atrair investimentos tanto por meio dos ETFs quanto nos mercados de preços futuros. O ativo retomou o seu papel tradicional como um "porto seguro" em momentos de incerteza e alta volatilidade.

Já o bitcoin acabou "ficando para trás" nesse movimento, avalia o JPMorgan. O banco pontua que a criptomoeda ainda é majoritariamente dependente de investimentos especulativos, que acabaram secando com uma forte aversão a riscos entre os investidores.

Nesse cenário, a criptomoeda acumula forte perda de investimentos tanto nos seus ETFs quanto no mercado de preços futuros. A situação é oposta à do ouro, mesmo com muitos entusiastas da moeda defendendo que ela seria uma espécie de "ouro digital" capaz de substituí-lo.

"Apesar do declínio na amplitude e liquidez do mercado, o ouro continua a se beneficiar de fluxos de investimento de forma semelhante a moedas como o franco suíço e o iene. Esses fluxos em busca de segurança são observados tanto no mercado de ETFs quanto no de futuros", diz o banco.

Apenas no primeiro trimestre de 2025, os ETFs de ouro ao redor do mundo atraíram US$ 21,1 bilhões em aportes. Já o bitcoin "falhou em se beneficiar desses fluxos em busca de ativos de segurança que têm impulsionado e sustentado a alta do ouro".

Bitcoin é o ouro digital?

A análise do JPMorgan não é a primeira que tensiona a capacidade da criptomoeda em ser um ativo de segurança. No início de abril, o banco divulgou outro relatório que já apontava que a narrativa da criptomoeda como um "ouro digital" estava sendo pressionada pelo seu desempenho atual.

O banco reforçou na época que o bitcoin não tem sido capaz de atrair fluxos de investimento observados em ativos tradicionalmente vistos como seguros, caso do ouro e do franco suíço. Com isso, a criptomoeda ainda não demonstra a capacidade de concretizar uma de suas teses de investimento.

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