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JPMorgan: banco vai liberar uso de bitcoin e ether em empréstimos (Reprodução/Reprodução)
Editor do Future of Money
Publicado em 24 de outubro de 2025 às 11h15.
O JPMorgan planeja liberar o uso de bitcoin e ether como garantias em operações de empréstimo até o final deste ano. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira, 24, pela Bloomberg, citando fontes com conhecimento sobre a mudança estudada pelo banco.
De acordo com a Bloomberg, o programa de uso de criptomoedas em empréstimos deverá ter um alcance global e contará com outras empresas que vão atuar como custodiantes para garantir a existência e manutenção dos ativos digitais que serão oferecidos.
A novidade é uma mudança importante na postura do JPMorgan sobre o tema. Em julho, o banco já havia confirmado que pretende reverter sua posição anterior e liberar os investimentos em criptomoedas para os seus clientes a partir de uma parceria com a corretora Coinbase.
Com a parceria, alguns clientes do banco já podem realizar pagamentos em criptomoedas por meio de cartões de crédito. A partir de 2026, o JPMorgan também incluirá em seus cartões um programa de recompensas para os clientes usando a stablecoin pareada ao dólar USDC.
Ainda no próximo ano, o banco permitirá a conexão das contas de clientes com contas na Coinbase, o que dará acesso à plataforma de investimentos em criptomoedas. Até o momento, os clientes não contam com uma opção nativa de investimento no setor pelo JPMorgan.
Apesar dos avanços, o banco é mais conhecido pelas duras críticas do seu CEO, Jamie Dimon, em relação ao bitcoin e às criptomoedas. No passado, ele chegou a afirmar que o bitcoin "não tem nenhum valor intrínseco", era "majoritariamente usado por traficantes sexuais, para lavagem de dinheiro e golpes cibernéticos".
Ele também disse que o ativo seria uma "pedra de estimação" e ressaltou que não era otimista em relação ao futuro da criptomoeda. E a nova postura do JPMorgan em relação às criptomoedas não parece ser resultado de uma mudança de opinião do executivo.
Em maio deste ano, Dimon comentou que os clientes do banco poderão comprar criptomoedas, mas manteve suas críticas. Ele reforçou que "não é um fã" do bitcoin e manteve o discurso de que a criptomoeda seria majoritariamente usada por criptomoedas. Enquanto isso, o banco segue avançando na relação com o setor.
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