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Repórter do Future of Money
Publicado em 15 de abril de 2025 às 12h10.
A Méliuz anunciou nesta terça-feira, 15, a convocação de uma assembleia-geral extraordinária de acionistas em 6 de maio para avaliar uma proposta que transformará o bitcoin no principal ativo de reserva da empresa. A companhia já havia adquirido mais de US$ 4 milhões em unidades da criptomoeda e agora quer expandir o papel do ativo na sua operação.
Em um comunicado ao mercado, a empresa disse que "concluiu com sucesso o estudo sobre as providências de governança a serem adotadas para a ampliação da sua nova estratégia voltada para aplicação de recursos e realização de investimento em bitcoin". Agora, os acionistas poderão deliberar sobre esse plano.
Para que a nova estratégia seja implementada, será preciso aprovar uma "alteração do objeto social da companhia para contemplar, além das atividades atualmente exercidas, a possibilidade de realização de investimentos em bitcoin como parte de sua estratégia de negócios".
Se a proposta for aprovada, a empresa passará a usar a criptomoeda como seu principal ativo estratégico de tesouraria e buscará "fomentar a geração incremental" da moeda digital para os acionistas, com aquisições a partir da obtenção de capital via caixa operacional ou outras operações financeiras.
Apesar da proposta, a Méliuz destacou que o negócio central da empresa "permanecerá inalterado e, inclusive, a
geração de caixa das operações é fundamental para a estratégia de adquirir mais bitcoin ao longo do tempo". Em entrevista à EXAME, o CEO da empresa diz que quer incentivar uma onda de "adoção institucional" do ativo no Brasil.
Se a proposta for aprovada, acionistas que discordarem do plano poderão devolver as ações da empresa com direito a um reembolso de R$ 3,928 por ação, considerando o valor do papel em 31 de dezembro de 2024. Para isso, é necessário manter as ações da companhia entre o período de 14 de abril até a data da solicitação.
À EXAME, Marcio Penna, Diretor de Relações com Investidores e Governança Corporativa da Méliuz, disse que a proposta é "mais um passo importante na estratégia de transformar a Méliuz em uma Bitcoin Treasury Company", fazendo referência à estratégia adotada pela Strategy de se tornar uma empresa de "tesouraria de bitcoin".
"A proposta, se aprovada, tornará a Méliuz a primeira empresa de capital aberto no Brasil a adotar o Bitcoin Standard, inspirada pelos cases de sucesso da Strategy e da Metaplanet. Seguimos comprometidos com nosso core business, que permanece sólido e continuará sendo a principal fonte de geração de caixa — elemento essencial para sustentar essa nova fase de alocação estratégica em bitcoin", destacou.
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