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Nova alta do bitcoin está sendo puxada por institucionais, não pelo varejo, diz Coinbase

Executivo da maior corretora de criptomoedas dos EUA acredita que investidores institucionais estão impulsionando o bitcoin

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 24 de abril de 2025 às 14h03.

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A disparada do bitcoin ao longo desta semana foi gerada por investidores institucionais, e não de varejo. É o que afirma John D'Agostino, executivo da corretora de criptomoedas Coinbase, a maior dos Estados Unidos. Na última quarta-feira, 23, ele falou sobre o tema em entrevista à CNBC.

O executivo avalia que a forte alta da criptomoeda nos últimos dias - chegando a ultrapassar os US$ 94 mil e se firmando em um patamar de US$ 92 mil - reflete uma retomada do interesse de instituições no ativo digital, gerando novos fluxos de investimento.

D'Agostino disse que investidores institucionais e fundos soberanos voltaram a "discretamente" acumular unidades de bitcoin, enquanto investidores menores, de varejo, continuam retirando investimentos na criptomoeda. A tendência é uma novidade para o ativo.

"As instituições, fundos soberanos, essas redes pacientes de capital estão acumulando. O varejo, por meio dos ETFs, está saindo. Então você precisa se perguntar: o que as instituições sabem [sobre o bitcoin]?", questionou o executivo da Coinbase durante a entrevista.

Para D'Agostino, a alta do bitcoin reflete um movimento triplo por parte dos institucionais. De um lado, há uma busca pela desdolarização, reduzindo a exposição à moeda norte-americana devido à perspectiva de que o dólar tende a ser prejudicado pelas tarifas anunciadas pelo governo Trump.

Além disso, o executivo também vê um movimento de descolamento entre a criptomoeda e ações de tecnologia, permitindo que o ativo suba mesmo quando o setor está em queda. Por fim, ele aponta o que chama de "teoria da cesta de proteção" nos portfólios.

Segundo o executivo da Coinbase, o bitcoin está entre os cinco ativos mais usados por investidores veteranos como uma forma de proteção do patrimônio contra a inflação. Em cenários de expectativa de inflação alta, como o atual, é esperado que ele seja beneficiado.

"O bitcoin está sendo negociado com base nas suas características principais, que, por sua vez, são semelhantes às do ouro. Há escassez, imutabilidade e portabilidade de ativos não soberanos. Portanto, está sendo negociado da maneira como as pessoas que acreditam no bitcoin gostariam que fosse negociado", destacou.

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