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Criptomoedas têm forte queda com aversão a riscos e temores de recessão nos EUA

Novos dados sobre a economia dos Estados Unidos e temores sobre tarifas comerciais derrubam mercados ao redor do mundo

 (envato/Reprodução)

(envato/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Editor do Future of Money

Publicado em 1 de agosto de 2025 às 11h37.

O mercado de criptomoedas opera em forte queda nesta sexta-feira, 1º, após dias de lateralidade e poucas variações expressivas. O movimento reflete uma maior aversão a riscos entre investidores e um pessimismo em relação à trajetória da economia dos Estados Unidos.

Dados da plataforma CoinGecko indicam que o bitcoin acumula queda de 2,2% nas últimas 24 horas, cotado em US$ 115.139 Já o ether tem perdas de 3,6%, cotado em US$ 3.619. O mercado de criptomoedas como um todo registra desvalorização de 7,5%, e apenas as stablecoins, sempre pareadas ao dólar, não operam com perdas.

João Galhardo, analista da Mynt, a plataforma cripto do BTG Pactual, explica que o grande motivo da queda expressiva nos mercados foi o "aumento das preocupações em torno do cenário macroeconômico. A falta de acordos tarifários entre os EUA e representantes de outros países tem refletido no apetite ao risco dos investidores, com o Índice Vix saltando cerca de 8% no movimento recente".

"O enfraquecimento do mercado de trabalho também reacendeu debates sobre recessão. O relatório Payroll norte-americano de julho veio abaixo do esperado, com revisões negativas nos meses anteriores", destacou. O relatório era aguardado por investidores e acabou surpreendendo negativamente.

Os novos dados acabaram reforçando temores entre investidores sobre uma possível recessão nos Estados Unidos. Além disso, a tendência é que o país não consiga firmar acordos comerciais com diversos países e que as tarifas finais cobradas ainda sejam elevadas, prejudicando a economia global.

Também nesta semana, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, indicou que a autarquia segue cautelosa em cortar a taxa de juros do país e que aguarda novos sinais da economia para definir seus próximos passos. O posicionamento reduziu as chances de um corte de juros na próxima reunião da autarquia, em setembro.

Com isso, o mercado piorou as perspectivas para o cenário macroeconômico mundial no curto e médio prazos. Ativos de maior risco, como as criptomoedas, são os mais prejudicados, o que acabou resultando na queda mais intensa observada nas últimas horas.

Para Galhardo, "neste ambiente de incerteza, vale moderar o apetite a risco. Manter caixa para eventuais oportunidades, principalmente levando em consideração a sazonalidade do mercado que, historicamente, trouxe performances negativas em agosto, pode ser uma decisão certeira".

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