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Professor de Harvard admite que errou ao prever que bitcoin valeria apenas US$ 100

Kenneth Rogoff, que também foi economista-chefe do FMI, disse que subestimou a capacidade do bitcoin de concorrer com moedas fiduciárias

Bitcoin: professor de Harvard admitiu erro sobre criptomoeda (Harvard Business School/Divulgação)

Bitcoin: professor de Harvard admitiu erro sobre criptomoeda (Harvard Business School/Divulgação)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Editor do Future of Money

Publicado em 22 de agosto de 2025 às 14h45.

Última atualização em 22 de agosto de 2025 às 15h19.

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Kenneth Rogoff, professor de Harvard e ex-economista-chefe do FMI, chamou a atenção em 2018 ao afirmar que era mais provável que o bitcoin chegasse em 2028 valendo US$ 100 do que US$ 100 mil. Mas, nesta semana, ele fez uma publicação nas redes sociais em que admitiu que estava errado.

Rogoff relembrou o caso no X, antigo Twitter. Em entrevista à CNBC, ele havia projetado que a criptomoeda despencaria nos próximos anos devido a efeitos da regulação do mercado cripto. "Eu acho que ele vai valer uma pequena fração do que vale agora", disse.

"Basicamente, se você tira a possibilidade de uso para lavagem de dinheiro e evasão fiscal, os verdadeiros casos de uso como um veículo de transação são bem pequenos", disse o economista. Por isso, ele acreditava que o bitcoin perderia quase todo o valor em poucos anos.

Depois de admitir que estava enganado, Rogoff disse que seu erro ocorreu devido a uma combinação de três fatores. O primeiro era que "eu estava otimista demais com a possibilidade de os EUA se conscientizarem sobre a regulamentação sensata das criptomoedas".

"Por que os formuladores de políticas iriam querer facilitar a sonegação fiscal e as atividades ilegais?", questionou. A afirmação indica que o professor segue associando o bitcoin a usos criminosos, e que a regulação nos Estados Unidos não estaria abordando esses temas.

O segundo fator, disse, é que "eu não imaginava como o bitcoin competiria com moedas fiduciárias para servir como meio de transação preferencial na economia subterrânea global de US$ 20 trilhões. Essa demanda impõe um piso ao seu preço".

"Em terceiro lugar, eu não previ uma situação em que os reguladores, e especialmente o regulador-chefe, seriam capazes de descaradamente reter centenas de milhões (senão bilhões) de dólares em criptomoedas, aparentemente sem consequências, dado o flagrante conflito de interesses", comentou.

Apesar de manter uma posição crítica em relação ao bitcoin e às criptomoedas, o economista também disse que "se os Estados Unidos enfrentarem uma crise de dívida nos próximos quatro a cinco anos, provavelmente será muito bom para os criptoativos, se não imediatamente, pelo menos a longo prazo".

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