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Redação Exame
Publicado em 26 de abril de 2025 às 10h00.
Nos últimos anos, o bitcoin deixou de ser apenas uma aposta ousada de entusiastas da tecnologia para se tornar um ativo observado com atenção por grandes instituições e governos. Após períodos de alta volatilidade e correções significativas, a pergunta que paira no ar é: o que pode desencadear a próxima grande recuperação da maior criptomoeda do mundo?
Há sinais claros de que o cenário para uma retomada consistente do bitcoin está se formando — e não se trata de otimismo cego, mas da leitura de tendências reais que se desenham no horizonte econômico global.
Primeiramente, as políticas monetárias dos Estados Unidos devem desempenhar um papel central nesse processo. A expectativa de que o Federal Reserve promova cortes nas taxas de juros no segundo trimestre de 2025 é um dos pontos mais relevantes. Juros mais baixos reduzem a atratividade de investimentos tradicionais, como títulos públicos, abrindo espaço para ativos mais voláteis e inovadores, como o bitcoin.
Essa movimentação já foi observada em ciclos anteriores e pode se repetir, impulsionando a demanda por criptomoedas.
Além disso, a adoção institucional e governamental do bitcoin tem crescido a passos largos. Um exemplo emblemático é a retórica adotada por Donald Trump durante sua campanha presidencial.
Ao prometer transformar os EUA na "capital cripto do planeta" e até cogitar a criação de uma reserva nacional de bitcoins, Trump sinaliza uma possível guinada na política oficial em relação às criptos. Se isso se concretizar, o impacto sobre a confiança do mercado pode ser significativo.
Outro ponto a ser destacado é o lançamento de novos produtos financeiros, como os ETFs de bitcoin à vista nos Estados Unidos. Essa novidade vem facilitando o acesso ao mercado de criptomoedas tanto para investidores institucionais quanto para o varejo. Com mais ferramentas reguladas disponíveis, cresce a legitimidade do setor e, consequentemente, seu potencial de valorização.
Por fim, eventos macroeconômicos e geopolíticos também podem funcionar como gatilhos de valorização. Em tempos de instabilidade, investidores tendem a buscar ativos que funcionem como reserva de valor. Nesse contexto, o bitcoin já começa a ser visto como uma alternativa viável ao ouro, sobretudo por uma geração mais jovem e conectada.
Em resumo, o terreno está sendo preparado para uma nova onda de valorização do bitcoin. Claro, o mercado cripto continua sendo arriscado e volátil, mas ignorar os sinais de transformação estrutural seria um erro. O futuro pode até não ser certo, mas os ventos parecem soprar a favor da recuperação.
*Pedro Gutierrez é diretor regional da CoinEx na América Latina.
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