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Riachuelo: Se eu tiver também isenção, começo a vender pela metade do preço, diz CEO da Guararapes, André Farber (NETBR/Divulgação)
Repórter do Future of Money
Publicado em 4 de junho de 2025 às 15h51.
Na última semana, a Riachuelo passou a comercializar uma coleção inédita que envolve as tecnologias blockchain e inteligência artificial (IA). As camisetas de algodão agroecológico e tingimento natural contam com “passaporte digital de produto” (DDP na sigla em inglês) para comprovação da cadeia de produção sustentável.
Realizada em parceria com a Blockforce, empresa de soluções blockchain para rastreamento de cadeia de suprimento, a iniciativa é inédita dentro dos negócios da Riachuelo, importante marca do vestuário fast-fashion brasileiro. O projeto foi concretizado através da Fair Fashion, vertical dedicada à moda transparente, sustentável e eficiente da Blockforce.
O DDP, ou “passaporte digital de produto”, pode ser acessado por qualquer consumidor que comprar as camisetas da nova coleção. Sem etiquetas, para evitar o uso de papel, um QR Code foi impresso diretamente nas camisetas e apresenta o acesso ao DDP que comprova a cadeia de produção sustentável, contando a origem do algodão utilizado no sertão do Rio Grande do Norte, passando pelos processos de fiação, tecelagem, tingimento natural e confecção, até a chegada às lojas.
A tecnologia blockchain é o que garante a visibilidade e autenticidade dos dados, algo de extrema importância após escândalos de cadeia de produção no mundo da moda.
“Estamos operando um novo padrão de tecnologia para as cadeias de suprimento, no qual dados se tornam ativos de transformação. Na Blockforce, usamos blockchain para garantir a integridade das informações e inteligência artificial para gerar análises contínuas, automatizar processos e transformar dados em impacto real. Com a IA, estamos expandindo nossa atuação além da rastreabilidade, incorporando pegada de carbono e indicadores ambientais, oferecendo às empresas insights que revelam seu impacto específico e simplificam sua gestão, impulsionando ações mais eficientes e responsáveis”, disse André Salem, fundador da Blockforce, em um comunicado enviado em exclusividade à EXAME.
A coleção está disponível nas lojas da Riachuelo desde o último 28 de maio e conta com peças femininas, masculinas e infantis com duas modelagens e cinco cores; branco, azul, rosa, verde e marrom, tingidas exclusivamente com corantes naturais à base de plantas como Anileira, Acácia e Alfafa.
Segundo um comunicado, o algodão agroecológico utilizado é cultivado em pequenas propriedades no sertão potiguar, sem uso de químicos, com apoio do programa Agro-Sertão, do Instituto Riachuelo, beneficiando mais de 160 agricultores familiares em 15 municípios do Rio Grande do Norte.
“O lançamento dessa coleção representa uma nova forma de fazer moda, na qual sustentabilidade e inovação caminham juntas. A tecnologia do Passaporte Digital permite que nossos clientes conheçam toda a jornada de cada peça, reforçando nosso compromisso com uma moda mais consciente, rastreável e com impacto positivo em toda a cadeia”, afirmou Taciana Abreu, diretora de Sustentabilidade da Riachuelo.
“Queremos ter cada vez mais produtos responsáveis e sustentáveis nas nossas lojas, e o algodão agroecológico tem um papel fundamental nesse processo. Hoje ele representa menos de 1% da produção global, mas seu cultivo, quando comparado ao algodão convencional, gera 46% menos emissões de carbono. Essa coleção é um marco na nossa estratégia de descarbonização e na construção de uma moda mais transparente, ética e alinhada ao futuro,” destacou André Farber, CEO do Grupo Guararapes, controlador da Riachuelo.
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