Patrocínio:
Criptomoedas: Serviço Secreto dos EUA tem carteira que vale milhões (Reprodução/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 8 de julho de 2025 às 17h25.
Última atualização em 8 de julho de 2025 às 17h53.
O Serviço Secreto dos Estados Unidos é mais conhecido por garantir a proteção do presidente do país e sua família, mas a atuação da organização vai muito além disso. E, nesta semana, foi revelado que agentes do Serviço Secreto trabalham há anos para recuperar fundos roubados no mercado de criptomoedas, resultando em uma carteira que vale milhões de dólares.
As informações foram relevadas por agentes da própria organização em entrevista à Bloomberg. Com uma atuação no setor de quase dez anos, as ações da agência têm sido coordenadas por um de seus braços, o Centro de Operações para Investigações Globais (GIOC, na sigla em inglês).
Integrantes da divisão afirmam que há uma combinação de recursos para identificar fundos roubados que já eram criptomoedas ou foram convertidos em ativos digitais. A estratégia inclui ferramentas de código aberto, análises de redes blockchain e "paciência", segundo uma analista.
Até o momento, o trabalho do Serviço Secreto tem rendido bons resultados. Nos últimos anos, a organização conseguiu identificar e recuperar US$ 400 milhões (R$ 2,1 bilhões, na cotação atual) em criptomoedas. E quase todos os ativos são mantidos na mesma carteira digital.
A concentração desses ativos recuperados em uma única carteira digital física, conhecida no mercado como "cold wallet", transformou a carteira do Serviço Secreto dos Estados Unidos em uma das maiores e mais valiosas de todo o mercado de criptomoedas.
Segundo integrantes da organização, os ativos digitais foram recuperados de criminosos envolvidos em diferentes golpes. A maioria, porém, seguia a mesma lógica: os criminosos criavam plataformas falsas de negociação de cripto e então atraíam investidores interessados.
Os investidores conseguiam realizar diferentes operações no sistema. Entretanto, quando tentavam sacar tudo, tanto os lucros quando os depósitos realizados desapareciam. Com isso, o roubo era concluído e as criptomoedas eram transferidas para outras carteiras.
Diante do sucesso das operações do Serviço Secreto, a organização quer agora expandir sua atuação internacional na área. Treinamentos em pelo menos 60 países já foram realizados, e a agência quer focar em países com leis mais fracas ou falta de supervisão legal.
Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | X | YouTube | Telegram | TikTok