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Editor do Future of Money
Publicado em 2 de julho de 2025 às 16h58.
Última atualização em 2 de julho de 2025 às 17h19.
As empresas Rex Shares e Osprey Funds lançaram nesta quarta-feira, 2, o REX-Osprey Solana and Staking ETF, divulgado como primeiro ETF dos Estados Unidos de investimento em Solana. O produto recebeu o sinal verde da SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) para ser disponibilizado aos investidores.
O lançamento pegou o mercado de surpresa, já que as atenções estavam concentradas em outros pedidos de lançamento de ETFs de Solana atualmente em análise pela SEC. A Bloomberg acredita que esses pedidos têm mais de 90% de chance de aprovação, mas que ela deve ocorrer apenas no segundo semestre.
Por outro lado, a própria definição do produto como um ETF acabou dividindo o mercado. João Galhardo, analista da Mynt, plataforma cripto do BTG Pactual, explica que o produto "não se enquadra no modelo convencional de ETFs os quais estamos familiarizados, como os de bitcoin e ether da BlackRock e Fidelity".
O motivo é que o fundo foi registrado como uma C-corp, "formato que permite repassar as recompensas de staking aos cotistas sem esbarrar em regras fiscais ou de renda fixa". O staking gera uma espécie de renda passiva para investidores a partir do bloqueio de uma criptomoeda em um blockchain.
"Na prática, isso o aproxima mais de um 'fundo fechado pagador de dividendos' do que de um ETF passivo tradicional. O próprio processo de revisão da SEC, que até semana passada ainda questionada se staking é 'atividade de gestão', revela que a autarquia ainda não cravou um veredito definitivo sobre a classificação do produto", pontua Galhardo.
O analista afirma que "essa nuance sustenta o debate. Gestores defendem a sigla ETF por conta da listagem em bolsas e da liquidez intradiária, enquanto alguns analistas preferem chamá-lo de 'fund-of-SOL + yield' para enfatizar que a mecânica de staking altera o perfil de risco".
Independentemente da definição do produto, o lançamento do fundo mostra mais um avanço relevante no processo de adoção mais ampla das criptomoedas. Em relação aos impactos no preço do ativo, Galhardo avalia que "no curto prazo, o impacto no preço deve ser modesto e dominado por fluxo tático".
"No médio e longo prazos, a capacidade de captação e a estabilidade regulatória que o produto representar serão os vetores que realmente podem mover o ponteiro para valorização do token Solana", avalia. O Brasil aprovou o primeiro ETF de preço à vista de Solana do mundo, em agosto de 2024.
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