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(imaginima/Getty Images)
Repórter do Future of Money
Publicado em 17 de julho de 2025 às 10h30.
As stablecoins, criptomoedas que acompanham o valor de outros ativos, geralmente o dólar norte-americano, ganharam destaque como uma das principais tendências financeiras em 2025. Elas já movimentam mais do que a Visa e Mastercard juntas, chamando a atenção de grandes empresas.
Mas além das stablecoins lastreadas em dólar, como USDT e USDC, as maiores do mundo, stablecoins lastreadas em outros ativos oferecem novas propostas para o mercado. É o caso da BRLA, emitida pela startup Avenia e que acompanha o valor do real.
A empresa, criada por ex-alunos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), já chegou a se chamar BRLA, mesmo nome da stablecoin. No entanto, após crescimento significativo, aceleração jurídica do escritório Pinheiro Neto Advogados e demanda internacional, a BRLA mudou de nome para Avenia, a fim de demonstrar um novo foco em sua expansão para outros países e em sua plataforma de pagamentos, responsável por 90% da receita da empresa.
Em entrevista à EXAME, Leandro Noel, CEO da Avenia, citou uma “demanda latente de ter uma forma de denominar os produtos e serviços brasileiros no Brasil em reais” como um dos motivos para a criação da BRLA.
“Você tem a habilidade de fazer e realizar receber ou realizar pagamentos. Você tem a habilidade de fazer investimentos e você tem a habilidade de travar o seu saldo, custodiar o seu saldo denominado naquela moeda. E hoje mais de 90% da nossa base de clientes vende empresas fora do Brasil. Essas empresas, para conseguirem um saldo denominado em reais, se fosse pelas finanças tradicionais, teriam que abrir uma conta que é super específica, uma conta de não residente”, explicou.
Se você tenta travar ou manter esses reais utilizando um token, é tão simples quanto você ter uma carteira. A gente abstrai toda essa complexidade e tem um saldo denominado em BRLA”, acrescentou ele em entrevista à EXAME.
Leandro Noel, CEO da Avenia, citou à EXAME um caso de uso para as stablecoins de real. Diferente das criptomoedas lastreadas em dólar, a BRLA não oferece, por exemplo, a dolarização de patrimônio facilitada pelo blockchain. Ao invés disso, ela pode facilitar pagamentos e remessas internacionais para criadores de conteúdo, que muitas vezes possuem contratantes de fora do Brasil.
“A gente tem, por exemplo, empresas que fazem um pagamentos para criadores de conteúdo. Esses criadores de conteúdo, antes da gente, tinham que fazer um câmbio toda vez que eles queriam receber. Os custos dessas contas são altos, e era muito mais complexo. Quando criamos essa solução, basicamente passamos a ter uma dinâmica em que essa plataforma manda os dólares para a gente, a gente converte em stablecoin, deixa esse saldo para a plataforma utilizar em BRLA, e eles fazem o pagamento desses criadores de conteúdo direto com um Pix na conta principal dele”, disse Leandro.
“Ao invés de ele ter que fazer um câmbio numa conta secundária, ele passa a receber o Pix direto na conta primária, e simplifica muito mais o operacional, deixando toda essa complexidade do registro das operações, formalização das operações, todo para a gente. Melhorou muito a experiência do usuário e dos criadores de conteúdo”, concluiu.
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