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BlackRock: CEO destacou potencial da tokenização (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)
Editor do Future of Money
Publicado em 16 de outubro de 2025 às 17h34.
Larry Fink, CEO da BlackRock, era conhecido por ter criticado as criptomoedas e por não enxergar um grande potencial na classe de ativos. O cenário mudou. Hoje, a gestora está cada vez mais inserida no mercado, e o executivo é categórico sobre a sua nova posição: "Eu amo isso [cripto] agora. Eu sempre cresço e aprendo."
Os comentários do líder da maior gestora de ativos do mundo foram compartilhados na última terça-feira, 14, quando Fink também disse acreditar que "estamos apenas no início da tokenização de todos os ativos, de imóveis, de ações, de títulos e todo o mercado em geral".
Ele destacou que a tokenização de ativos, processo em que há o registro em uma rede blockchain e criação de um token correspondente, representa uma oportunidade significativa para gestoras como a BlackRock. "Existem US$ 4,1 trilhões em dinheiro globalmente em carteiras digitais. Muito desse dinheiro está fora dos Estados Unidos".
"Se pudéssemos tokenizar um ETF, digitalizar esse ETF, poderíamos ter investidores que estão apenas começando a investir em mercados por meio das criptomoedas. E aí poderíamos colocá-los em produtos mais tradicionais", comentou. A visão de Fink, portanto, é que a tecnologia blockchain pode ser usada para ampliar ainda mais o alcance dos produtos oferecidos pela gestora.
O executivo destacou que "vemos isso [a tokenização de ativos] como a próxima onda de oportunidades para a BlackRock nas próximas décadas. À medida que começamos a focar nisso, nos afastando dos ativos financeiros tradicionais e colocando-os em uma forma digital, vamos manter as pessoas nesse ecossistema digital".
Fink também ressaltou que a BlackRock já está indo além de uma mera especulação sobre o futuro dessa tecnologia. A gestora conta no momento com um dos maiores fundos de investimento tokenizados do mundo, o BUIDL, que foi lançado em 2024. Desde a estreia no mercado, ele já triplicou de valor.
Além dos testes com a tokenização, a gestora passou a oferecer fundos tradicionais de investimento em criptomoedas. Os ETFs de bitcoin e ether da BlackRock foram lançados em 2024 e lideram as suas respectivas categorias. O ETF de bitcoin também registrou o crescimento mais rápido da história do mercado financeiro.
Também nesta semana, a BlackRock anunciou a criação de um novo fundo de mercado específico para empresas emissoras de stablecoins. A ideia é oferecer um produto já adequado à nova lei dos Estados Unidos que regula as criptomoedas pareadas ao dólar.
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