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Verificação de identidade pode tirar criptomoedas "das sombras" e desconectá-las de fraudes, diz CEO

Jovem empresário da Estônia criou empresa de verificação de identidade após ter usado documentos falsos na adolescência e agora mira mercado brasileiro

A digital map of the earth and huge network. (City Lights 2012 - Flat map -https://images.nasa.gov/details-GSFC_20171208_Archive_e001589 - Softwar:3dsMax, Adobe After Effects, and Photoshop) (Getty Images/Reprodução)

A digital map of the earth and huge network. (City Lights 2012 - Flat map -https://images.nasa.gov/details-GSFC_20171208_Archive_e001589 - Softwar:3dsMax, Adobe After Effects, and Photoshop) (Getty Images/Reprodução)

Mariana Maria Silva
Mariana Maria Silva

Editora do Future of Money

Publicado em 19 de setembro de 2025 às 12h16.

Última atualização em 19 de setembro de 2025 às 12h17.

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A Estônia é o berço de muitas soluções de verificação de identidade. Com eleições online há mais de vinte anos, o país do leste-europeu se destaca no uso de novas tecnologias.

Apesar disso, a Veriff, empresa estoniana de verificação identidade, surgiu após Kaarel Kostkas, seu fundador, perceber muito novo que esse processo ainda tinha falhas. Agora, dez anos depois, a Veriff atende uma série de clientes do mercado de criptomoedas e está em expansão para o Brasil.

Em entrevista à EXAME, Kaarel contou que durante a adolescência, tentava fazer compras em plataformas como o eBay, mas era barrado por ser menor de idade. “Como criança, era difícil entender que estava fazendo algo errado ao alterar meus dados como a data de nascimento”. Pouco tempo depois, aos 18 anos, o empreendedor decidiu criar uma empresa focada no serviço de verificação de identidade, muito influenciado por essas experiências:

“Infelizmente, o que eu descobri foi que minha taxa de sucesso era muito maior do que eu esperava. Eu sentia que, em 2015, os problemas ainda estavam sem solução em escala global. A verificação de identidade não era precisa, não se expandiu até a conversão”, explicou Kaarel Kostkas, que classificou a Estônia como o “berço da economia digital e da identidade”.

Verificação de identidade no mercado de criptomoedas

Com o surgimento das criptomoedas, uma nova forma de transacionar dinheiro digitalmente foi criada. No entanto, como uma nova classe de ativos nativa da internet, as criptomoedas não possuíam os mesmos mecanismos de segurança que os bancos, por exemplo.

Nesse sentido, a verificação de identidade, também conhecida pela sigla KYC, foi amplamente adotada por corretoras e empresas do setor de criptomoedas. Este é um passo importante para evitar crimes envolvendo criptomoedas, como a lavagem de dinheiro.

“Quando começamos, nossos leintes eram bancos tradicionais no norte da Europa. E eles eram muito restritos. Então quando começamos a escalar globalmente, em 2017, as empresas de cripto também estavam fazendo isso, e muito mais rápido do que as empresas reguladas de serviços financeiros. E por isso, também havia muita fraude. Tivemos a oportunidade de resolver isso com nossos serviços, por isso muitas empresas estão trabalhando com a Veriff até hoje”, explicou Kaarel.

“A importância da verificação de identidade para cripto é que precisamos ter tecnologias que tirem o setor das sombras, e desconecte desse pensamento de que é uma fraude. Com a verificação, permitimos que novas tecnologias como cripto cresçam e ganhem dimensão no mercado”, acrescentou o fundador da Veriff.

Expansão para o Brasil

A empresa estoniana possui um escritório em São Paulo há cerca de seis meses, e mira o mercado brasileiro graças a desdobramentos recentes na digitalização financeira do país, como o fenômeno de adoção em massa do Pix.

“Passei um tempo no Brasil e aprendi que existem muitos talentos fortes em tecnologia aqui. Além disso, percebi que o país representa uma oportunidade de adoção muito rápida de tecnologia, principalmente em serviços financeiros como o Pix. É claro, novas tecnologias têm apelo para o nosso negócio, que é evitar fraudes. Precisamos garantir que temos infraestrutura apropriada para que a tecnologia cresça, e o Brasil tem a chance de se tornar o líder mundial de sistemas financeiros”, disse.

“Não devemos deixar passar a maior oportunidade para o Brasil se tornar um ecossistema de tecnologia líder global. Então, considerando tudo isso, decidimos vir aqui fortes, com uma mentalidade vencedora e um objetivo vencedor para o Brasil”, concluiu o fundador da Veriff.

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