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Banco Central anuncia desligamento da plataforma do Drex e nova infraestrutura

Após desistência do uso de blockchain, plataforma do Drex será desligada e nova fase deve priorizar casos de uso antes da definição da tecnologia

 (Reprodução/Reprodução)

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Mariana Maria Silva
Mariana Maria Silva

Editora do Future of Money

Publicado em 4 de novembro de 2025 às 15h12.

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Depois de quatro anos de desenvolvimento, o Banco Central (BC) decidiu desligar a plataforma Drex, que era projetada para ser a infraestrutura das finanças digitais no Brasil com uma moeda digital de banco central (CBDC, na sigla em inglês).

A decisão foi comunicada nesta terça-feira, 4, durante uma reunião entre a área de Tecnologia da Informação do BC e representantes dos consórcios que participaram dos últimos pilotos do Drex.

Estiveram presentes técnicos e auditores da instituição, como Clarissa Souza, auditora e ligada à área técnica. A área de negócios, tradicionalmente envolvida nas discussões do projeto, não participou do encontro responsável por definir um aspecto importante do futuro do projeto.

A EXAME entrou em contato com a assessoria do Banco Central para comentar, mas não recebeu resposta até o momento de publicação.

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Incerteza sobre o uso de blockchain

O Banco Central não determinou se a nova infraestrutura será feita em blockchain ou não. O intuito, agora, é definir primeiro os casos de uso e depois a tecnologia.

Em agosto deste ano, a autarquia já havia reduzido o uso de blockchain no projeto, justificando que a infraestrutura baseada na Hyperledger Besu, rede DLT, não atendeu aos requisitos de privacidade e segurança necessários para operações financeiras em larga escala. Na época, Marcos Sarres, CEO da GoLedger, havia dito à EXAME que a solução escolhida pelo BC não atendia os requisitos do Drex, mas que já existiam infraestruturas mais adequadas disponíveis.

Próximos passos

Na nova fase, o BC pretende garantir um ambiente interoperável para ativos tokenizados e que a moeda de liquidação das transações seja uma moeda da autoridade monetária.

Segundo informações do Valor Econômico, a decisão pelo desligamento atendeu a um pedido de mercado, por há um custo atrelado à sua manutenção. Os custos do Drex ficaram sob responsabilidade das empresas participantes. retomar a discussão sobre os casos de uso antes de definir a infraestrutura que sustentará o sistema — invertendo a lógica do desenvolvimento anterior.

Com a redução do uso de blockchain pelo Drex em agosto, empresas envolvidas no piloto tiveram que se adaptar. Muitas delas, por exemplo, atuam diretamente na área de blockchain e tokenização e foram pegas de surpresa pelo anúncio. Apesar disso, a maioria disse que a mudança não diminuiria o potencial do mercado de tokenização no Brasil.

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