Economia

Dólar fecha com novo recorde na Argentina após derrota eleitoral do partido de Milei

Segundo a cotação oficial do Banco Nación, a moeda americana subiu 55 pesos e chegou a 1.425 pesos por unidade para a venda ao público

EFE
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 8 de setembro de 2025 às 21h25.

Tudo sobreArgentina
Saiba mais

O dólar fechou nesta segunda-feira com novo recorde na Argentina, após a dura derrota do partido do presidente Javier Milei, A Liberdade Avança, nas eleições legislativas de domingo na província de Buenos Aires.

Segundo a cotação oficial do Banco Nación, a moeda americana subiu 55 pesos, estabelecendo um recorde de 1.425 pesos por unidade para a venda ao público, embora durante o dia tenha chegado a ser vendida a 1.450 pesos.

A alta reflete a forte demanda por dólares para proteção por parte dos investidores. A reação adversa dos mercados à derrota eleitoral do governo também atingiu os preços de títulos e ações da Argentina.

Já a cotação do dólar no mercado informal subiu 50 pesos, para 1.420 por unidade, enquanto os chamados dólares financeiros operaram em alta.

O dólar contado com liquidação (CCL, que consiste em comprar localmente com pesos argentinos ações ou títulos e vendê-los em dólares em Wall Street) subiu 3,2%, para 1.434,41 pesos por unidade.

O dólar bolsa ou dólar MEP (que se obtém comprando ativos que são cotados em pesos e em dólares, pagando em pesos ao adquiri-los e vendendo-os em dólares no mercado de ações argentino) subiu 3,1%, para 1.426,57 pesos por unidade.

Embora o comportamento da moeda americana nesta segunda-feira tenha sido marcado pelo resultado eleitoral, tensões cambiais têm ocorrido na Argentina desde julho, por causa das crescentes dúvidas entre os investidores sobre a sustentabilidade do plano econômico de Milei.

Com o preço atingido nesta segunda-feira, o dólar acumula alta de 29,8% desde 14 de abril. Naquela data, após fechar um acordo milionário com o Fundo Monetário Internacional (FMI), a Argentina flexibilizou as restrições ao acesso a moedas estrangeiras e iniciou um novo esquema cambial.

De acordo com esse regime, a taxa de câmbio flutua sem intervenção do Banco Central enquanto estiver dentro de uma faixa, que atualmente está entre 951 e 1.471 pesos por dólar.

No contexto das crescentes pressões sobre o dólar, o Tesouro argentino anunciou há uma semana que interviria no mercado cambial, o que o levou a vender cerca de US$ 500 milhões na última semana para tentar conter a alta da moeda.

Acompanhe tudo sobre:FMIArgentinaJavier Milei

Mais de Economia

Câmara adia votação de MP que amplia descontos na energia e análise será perto do fim da validade

Governo lança plataforma para fazer acordos com quem teve benefícios negados

Câmara acelera PL que exclui do arcabouço gastos com saúde, educação e empréstimos internacionais

Câmara aprova criação de nova estrutura para a Caixa Econômica Federal