Ciência

Maior centrífuga de supergravidade do mundo entra em operação na China

Equipamento chinês cria campo gravitacional milhares de vezes maior que o da Terra para simular catástrofes e processos que levariam milênios

Dispositivo de Simulação e Experimento de Supergravidade por Centrífuga é um equipamento central da infraestrutura científica nacional da China (China News/Reprodução)

Dispositivo de Simulação e Experimento de Supergravidade por Centrífuga é um equipamento central da infraestrutura científica nacional da China (China News/Reprodução)

China2Brazil
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Agência

Publicado em 29 de setembro de 2025 às 16h03.

Em 29 de setembro, Hangzhou, na província de Zhejiang, entrou em operação o Dispositivo de Simulação e Experimento de Supergravidade por Centrífuga, equipamento central da infraestrutura científica nacional da China.

Desenvolvido integralmente pelo país asíatico, o dispositivo cria um campo de supergravidade milhares de vezes mais intenso que a gravidade terrestre, permitindo simular alterações físicas e ambientais que ocorreriam no mundo real em escalas temporais e espaciais aceleradas. O equipamento oferece suporte para testes de catástrofes em escala de quilômetros e para estudos sobre a migração de poluentes ao longo de milênios.

Tecnologia inédita integra três centrífugas e seis módulos experimentais

Liderado pela Universidade de Zhejiang, o dispositivo combina o campo de supergravidade com ambientes extremos em uma instalação científica de grande porte. Ele integra três centrífugas principais e 18 equipamentos distribuídos em seis módulos experimentais, que incluem: encostas e grandes barragens; engenharia sísmica de solos e rochas; engenharia oceânica profunda; engenharia geológica subterrânea e ambiental; processos geológicos; e fabricação de materiais.

O primeiro equipamento inaugurado é uma centrífuga com capacidade de 1.300 g·t (aceleração da gravidade multiplicada por tonelada), atualmente a maior do mundo. Outras duas centrífugas, com capacidades de 1.500 g·t e 1.900 g·t, estão em instalação e devem ser concluídas até o final de 2026.

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Aplicações vão de barragens a rejeitos nucleares

O dispositivo deve apoiar pesquisas em áreas como desenvolvimento de energia em águas profundas, construção de edificações resistentes a terremotos, tratamento de rejeitos nucleares e investigação de novos materiais, ampliando a capacidade de estudos multidisciplinares da China.

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