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Meloni diz não se opor ao reconhecimento do Estado da Palestina, mas com condições

Exclusão do Hamas de futuro governo e libertação de reféns são as duas exigências levantadas pela primeira-ministra italiana

Agência o Globo
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Publicado em 23 de setembro de 2025 às 18h20.

Última atualização em 23 de setembro de 2025 às 18h30.

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A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, declarou nesta terça-feira, 23, que não se opõe ao reconhecimento de um Estado da Palestina, mas que devem ser cumpridas duas condições: a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas e a exclusão desse movimento islamista de um futuro governo. Nesta segunda-feira, milhares de manifestantes foram às ruas na Itália em "denúncia ao genocídio em Gaza".

"Não me oponho ao reconhecimento da Palestina, mas devemos estabelecer prioridades", declarou Meloni à imprensa italiana em Nova York, onde discursará na tribuna da ONU durante a Assembleia Geral.

Meloni, uma política conservadora, foi criticada por seu silêncio pela oposição, depois que milhares de pessoas saíram às ruas da Itália para protestar contra a guerra em Gaza e exigir ações do governo.

A primeira-ministra, do partido Irmãos da Itália, anunciou que, junto com os parceiros de sua coalizão que têm maioria no Parlamento, apresentará uma moção.

"A maioria do governo apresentará uma moção para declarar que o reconhecimento da Palestina deve estar condicionado a duas condições: a libertação dos reféns e, naturalmente, a exclusão do Hamas de qualquer dinâmica governamental na Palestina", afirmou em declarações retransmitidas pela televisão na Itália.

"Eu, pessoalmente, continuo considerando que o reconhecimento da Palestina, na ausência de um Estado que não tenha os atributos da soberania, não resolve o problema nem produz resultados tangíveis para os palestinos", acrescentou.

França, Reino Unido e outras potências reconheceram nos últimos dias o Estado da Palestina, uma estratégia diplomática simbólica, mas que busca exercer pressão sobre Israel para pôr fim à guerra em Gaza.

Essa mobilização diplomática ocorre depois de que, na semana passada, Israel lançou uma grande ofensiva para tomar a Cidade de Gaza, após quase dois anos de guerra com o Hamas, um conflito que eclodiu depois do ataque em território israelense em 7 de outubro de 2023.

O ataque do Hamas causou a morte de 1.219 pessoas em Israel, em sua maioria civis, segundo dados oficiais. A ofensiva de represália do Exército israelense matou mais de 65,3 mil palestinos, em sua maioria civis, na Faixa de Gaza, segundo o Ministério da Saúde do governo do Hamas, que tomou o poder em 2007.

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