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Morgan Stanley: banco quer oferecer investimentos em cripto (Lucas Jackson/Reuters)
Editor do Future of Money
Publicado em 23 de setembro de 2025 às 15h24.
O Morgan Stanley revelou nesta terça-feira, 23, que pretende liberar a negociação de criptomoedas pelos seus clientes até o final do primeiro semestre de 2026. O projeto está sendo conduzido pela E-Trade, um dos braços do banco, e faz parte de um "momento transformativo" para o mercado financeiro.
Os planos da empresa foram detalhados por Jed Finn, gerente da área de wealth management do Morgan Stanley, em um documento obtido pela CNBC. No material, ele explica que o banco está trabalhando com a startup Zerohash para viabilizar toda a operação.
O foco será em ofertar as criptomoedas para clientes de varejo. A startup será responsável pela liquidez, custódia e liquidação de todas as negociações. "Já estamos bem avançados na preparação para oferecer a negociação de ativos digitais a clientes da E-Trade na primeira metade de 2026", disse Finn.
O projeto envolve ainda o desenvolvimento de uma carteira digital própria para que os clientes possam armazenar os seus ativos. Finn afirmou que a liberação de negociação de cripto é apenas a "ponta do iceberg" em relação às iniciativas que o banco planeja desenvolver.
O executivo do Morgan Stanley defendeu que a tokenização de ativos do mundo real vai "gerar uma disrupção significativa" na indústria de wealth management, com os produtos tokenizados trazendo diversas vantagens novas para os investidores e mais eficiência no processo.
"Nós vemos um potencial imenso no mercado de criptomoedas, não apenas em cripto como um investimento para os nossos clientes, mas também na tecnologia DLT e na tokenização de forma mais ampla", explicou Finn no documento. A tecnologia DLT é a que está por trás das redes blockchain.
Em janeiro deste ano, Ted Pick, CEO do Morgan Stanley, já havia comentado que o gigante do sistema bancário pretendia oferecer serviços com criptomoedas para os seus clientes "de forma segura" e a partir de um diálogo com os reguladores do mercado dos Estados Unidos.
Em 2021, o banco foi o primeiro entre os maiores dos Estados Unidos a dar acesso aos seus maiores clientes a fundos de investimento em bitcoin. No ano passado, ele também autorizou que seus assessores de investimento possam recomendar aplicações em ETFs de bitcoin lançados nos EUA.
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