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Secretário do Tesouro americano acusa China de querer prejudicar economia mundial

A declaração é uma resposta à decisão de Pequim de impor novos controles às exportações de terras raras

Bessent diz que China 'vive uma recessão' (Andrew Harnik/Getty Images/AFP)

Bessent diz que China 'vive uma recessão' (Andrew Harnik/Getty Images/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 14 de outubro de 2025 às 12h23.

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, acusou a China de ter a intenção de prejudicar a economia mundial depois que Pequim instaurou novas restrições às exportações no setor estratégico de terras raras.

"Isto é um sinal do quão fraca é sua economia e querem arrastar todos os outros com eles", afirmou Bessent durante uma entrevista ao jornal Financial Times na segunda-feira, 13.

A declaração é uma resposta à decisão de Pequim de impor novos controles às exportações de terras raras, um setor dominado pela China e fundamental para produzir metais necessários para as indústrias de automóveis, equipamentos eletrônicos e defesa.

'Eles estão em meio a uma recessão', diz Bessent

Para Bessent, a medida revela as dificuldades na economia chinesa: "Eles estão em meio a uma recessão/depressão e tentam sair disso através das exportações", disse.

Em retaliação, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertou que estabelecerá tarifas adicionais de 100% aos produtos chineses a partir de 1º de novembro. Além disso, colocou em dúvida a reunião com seu homólogo Xi Jinping durante a cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), que começa no fim do mês.

China reage

Nesta terça-feira, 14, Pequim garantiu que lutará "até o fim" na guerra comercial contra Washington.

"No que diz respeito às guerras tarifárias e comerciais, a postura da China continua sendo a mesma", disse um porta-voz do Ministério do Comércio em um comunicado.

"Se quiserem lutar, lutaremos até o fim; se quiserem negociar, nossa porta permanece aberta", acrescentou.

A partir desta terça-feira, Pequim impõe tarifas especiais aos navios americanos que entrarem em seus portos em resposta a medidas semelhantes de Washington que devem entrar em vigor neste mesmo dia.

No domingo, Trump pareceu recuar em sua retórica combativa em uma publicação em sua plataforma Truth Social, na qual afirmou que "tudo ficará bem" e que seu país quer "ajudar" a China.

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