Inteligência Artificial: entenda como mercado foi responsável por alavancar os lucros dos maiores bilionários do mundo (Getty Images)
Redatora
Publicado em 29 de outubro de 2025 às 19h12.
Última atualização em 29 de outubro de 2025 às 19h13.
Os 10 homens mais ricos do mundo adicionaram mais de 500 bilhões de dólares a sua fortuna esse ano. E tudo isso, graças ao boom da Inteligência Artificial.
A Bloomberg Billionaires Index, uma lista das pessoas mais ricas do mundo, atualizada diariamente, mostra que os 10 primeiros nomes da lista ganharam juntos US$ 546,1 bilhões em 2025.
Confira a lista e os valores que cada um acrescentou a sua fortuna:
1. Elon Musk (US$ 39,2 bilhões)
2. Larry Ellison: (US$ 150 bilhões)
3. Mark Zuckerberg (US$ 57,1 bilhões)
4. Jeff Bezos (US$ 13,2 bilhões)
5. Larry Page (US$ 65 bilhões)
6. Sergey Brin (U$$ 59,8 bilhões)
7. Bernard Arnault (US$ 20,3 bilhões)
8. Steve Ballmer (US$ 39,3 bilhões)
9. Jensen Huang (US$ 60,1 bilhões)
10. Michael Dell (US$42.1B bilhões)
O segundo homem mais rico do mundo, Larry Ellison, ganhou sozinho US$ 150 bilhões desde o começo deste ano. Ellison é fundador da Oracle, cujas ações cresceram quase 70% em 2025.
No acumulado do ano, as ações da Alphabet, Nvidia e Dell subiram mais de 40%, e as da Meta registraram alta de mais de 25%. Nesta quarta-feira, 29, a Microsoft divulgou seu balanço trimestral e superou as expectativas do mercado.
Com exceção de Bernard Arnault, os demais nomes são grandes acionistas das maiores empresas de IA do planeta e viram seus patrimônios inflarem com a valorização das ações dessas empresas.
Essa valorização pode ser explicada por uma sensação de otimismo presente no mundo da inteligência artificial. Esse mercado têm sido palco de negociações milionárias entre as próprias empresas, inclusive concorrentes, os chamados 'investimentos circulares'.
O caso mais recente é a reestruturação da parceria entre Microsoft e Open AI, anunciada na última terça-feira, 28. Apesar da primeira empesa ter reduzido sua participação na dona do ChatGPT, terá acesso à tecnologia da startup de inteligência artificial até 2032, incluindo modelos que alcançaram o marco da inteligência geral artificial (AGI).
Um relatório da JP Morgan afirma que, apesar da Open AI inda não ser rentável, o mercado potencial da empresa pode ultrapassar US$ 700 bilhões até 2030.
Essa avaliação demostra altas expetativas do mercado em relação ao futuro das empresas de IA, o que está aumentando exponencialmente a fortuna de seus acionistas majoritários.
Alguns especialistas, por outro lado, apontam que esse otimismo pode ser apenas artificial.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou neste mês um relatório que indica como ações supervalorizadas podem ser um risco para a estabilidade da economia mundial. Dentre os pontos de atenção, o FMI destaca a inteligência artificial.
“Mudanças nas expectativas dos investidores sobre a IA e seu impacto na economia podem levar a uma nova precificação dos ativos. Atualmente, os investidores veem a IA como um motor de margens de lucro, mas isso pode mudar em algum momento", diz o relatório.
O Wall Street Journal também vê com preocupação as negociações circulares desse mercado. "Hoje os valores em jogo são exponencialmente maiores, os acordos são mais complexos e o rastro do dinheiro é frequentemente mais difícil de seguir", observa o jornal.