Inteligência Artificial

A24, de 'Moonlight' e 'Tudo em Todo Lugar', atinge US$ 3,5 bi e investe em IA para criar filmes

Focada em cineastas independentes, a A24 obteve grande êxito com títulos como Moonlight (2016), Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo (2022) e O Brutalista (2024), conquistando 21 Oscars e solidificando seu status como uma das mais influentes da atualidade

Publicado em 26 de agosto de 2025 às 11h52.

Desde sua fundação em 2012, a produtora e distribuidora independente A24 se tornou sinônimo de inovação e ousadia no cinema, construindo uma marca de sucesso por meio de filmes autorais e provocativos que desafiam as normas de Hollywood.

No entanto, após receber investimentos de capital de risco, incluindo US$ 75 milhões da Thrive Capital em junho de 2024, a A24 viu seu orçamento e ambição crescerem consideravelmente. Com o aporte, a avaliação da empresa saltou para US$ 3,5 bilhões, representando um aumento de 40% em relação à rodada de financiamento anterior, em 2022, quando foi avaliada em US$ 2,5 bilhões após um investimento de US$ 225 milhões.

A24 foi fundada em 2012 por David Fenkel, Daniel Katz e John Hodges (Reprodução)

Focada em cineastas independentes, a A24 obteve grande êxito com títulos como Moonlight (2016), Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo (2022) e O Brutalista (2024), conquistando 21 Oscars e solidificando seu status como uma das produtoras e distribuidoras mais influentes da atualidade.

David Fenkel, Daniel Katz e John Hodges são os três jovens fundadores por trás da A24, que nasceu com a ideia de ser uma alternativa ao modelo dos estúdios tradicionais, oferecendo espaço para projetos cinematográficos ousados e pouco convencionais.

Um de seus primeiros sucessos foi Spring Breakers: Garotas Perigosas (2012), de Harmony Korine, que combinou uma estética marcante com um enredo subversivo, estabelecendo a A24 como uma empresa disposta a apoiar filmes com temas ousados e complexos.

Desde então, a empresa tem sido responsável por lançar filmes variados e impactantes, como Lady Bird (2017), de Greta Gerwig, Midsommar (2019), de Ari Aster, e o vencedor do Oscar Moonlight (2016), de Barry Jenkins, que levou três estatuetas, incluindo a de melhor filme.

A abordagem da A24, que dá total liberdade criativa aos diretores, se reflete em seu portfólio diversificado de filmes, que vão de dramas profundos a filmes de terror com estéticas peculiares, como A Bruxa (2015) e Hereditário (2018).

Além disso, a marca também se consolidou como uma potência publicitária e de engajamento de fãs. Seu envolvimento com projetos como Euphoria (2019) ajudou a redefinir o marketing de séries, com campanhas que capturam a atenção do público jovem.

Expansão das operações

Agora, a A24 busca expandir suas operações. Recentemente, a empresa começou a apostar em produções de maior orçamento, mas sem abrir mão do compromisso com filmes inovadores e diretores com uma visão única.

Assim, o futuro da A24 parece promissor, com planos de entrar no mercado de jogos e de explorar novas ferramentas de inteligência artificial – a Thrive Capital, grande investidora também da OpenAI, foi procurada pela empresa por suas conexões com a tecnologia, segundo a The New Yorker , consolidando sua posição como um estúdio que prioriza o risco criativo e a autenticidade.

Em um setor cinematográfico saturado por regravaçãos, filmes de heróis e franquias, a A24 quer continuar sendo um respiro de ar fresco, oferecendo aos fãs uma alternativa cinematográfica que desafia as expectativas. A última aposta da empresa foi Amores Materialistas, que estreou nos cinemas do Brasil no final de julho. O filme foi dirigido por Celine Song, também responsável por Vidas Passadas (2024).

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