(Annabelle Chih/Bloomberg/Getty Images)
Repórter
Publicado em 14 de maio de 2025 às 16h02.
Última atualização em 14 de maio de 2025 às 16h05.
Com o novo plano, o valor total autorizado pela companhia para recompras chega a cerca de US$ 10 bilhões. O anúncio ocorre no momento em que as ações da AMD acumulam queda de mais de 6% em 2025, enquanto o índice Philadelphia Semiconductor (SOX) registra perda inferior a 1%.
A recompra também chega um dia após a AMD anunciar um acordo de US$ 10 bilhões com a startup Humain, parte de uma série de parcerias de empresas americanas com projetos de IA no Oriente Médio.
Apesar de ser vista como principal rival da Nvidia no mercado de chips para IA, a AMD enfrenta desconfiança sobre sua capacidade de manter competitividade, especialmente diante do crescimento de soluções com processadores customizados e o domínio consolidado da concorrente.
Em 2024, as ações da AMD caíram 18%, enquanto as da Nvidia subiram mais de 170%. A Broadcom, fabricante de chips customizados para IA, viu seu valor de mercado dobrar no mesmo período. O índice de semicondutores subiu quase 20%.
No entanto, a geração de caixa livre da empresa no primeiro trimestre de 2025 caiu mais de 33%, somando US$ 727 milhões. A AMD encerrou o período com US$ 6,05 bilhões em caixa e equivalentes, frente a passivos circulantes de US$ 7,70 bilhões.
A AMD não está sozinha nessa estratégia: a Broadcom anunciou uma recompra de US$ 10 bilhões em abril, e a Qualcomm, voltada para chips de smartphones, lançou um programa de US$ 15 bilhões em novembro do ano passado.
A recompra de ações é uma ferramenta comum para sustentar o preço dos papéis em períodos de incerteza ou desaceleração. No caso da AMD, o movimento tenta conter a pressão de investidores enquanto a empresa busca acelerar sua presença em mercados estratégicos de IA e enfrentar rivais mais bem posicionados.