Inteligência Artificial

Anthropic lança Claude Opus 4 e Sonnet 4 e diz ter criado a melhor IA para programação do mundo

Com autonomia de até 7 horas e integração com ferramentas externas, nova geração de IAs quer superar OpenAI e Google em raciocínio e uso prático

Anthropic: A empresa de tecnologia é a criadora do modelo de linguagem Claude, concorrente do ChatGPT (Smith Collection/Gado/Getty Images)

Anthropic: A empresa de tecnologia é a criadora do modelo de linguagem Claude, concorrente do ChatGPT (Smith Collection/Gado/Getty Images)

André Lopes
André Lopes

Repórter

Publicado em 22 de maio de 2025 às 16h03.

A Anthropic apresentou nesta quinta-feira, 22, dois novos modelos de inteligência artificial da família Claude: o Claude Opus 4, seu modelo mais avançado até hoje, e o Claude Sonnet 4, voltado a tarefas gerais com maior eficiência e custo reduzido. Ambos fazem parte da nova geração de IAs de raciocínio híbrido, com destaque especial para desempenho em tarefas de programação e resolução de problemas complexos.

Segundo a empresa, o Claude Opus 4 se destaca por conseguir trabalhar de forma autônoma por várias horas — e chegou a executar tarefas por sete horas seguidas em testes com clientes, algo inédito para agentes de IA. A Anthropic afirma que esse modelo superou concorrentes como o GPT-4.1 da OpenAI, o Gemini 2.5 Pro do Google e o modelo o3 reasoning em benchmarks internos voltados a codificação e uso de ferramentas, como buscas na web.

Nova geração também foca em eficiência e memória

O Claude Sonnet 4, por sua vez, substitui o modelo 3.7 lançado em fevereiro e é voltado a tarefas mais gerais, mas com melhorias significativas em precisão, raciocínio e desempenho em programação. De acordo com a empresa, ambos os modelos são 65% menos propensos a recorrer a atalhos ou "jeitinhos" para concluir tarefas — uma das principais críticas ao uso de IA em contextos de produtividade real.

A Anthropic também afirma que os novos modelos melhoram significativamente a capacidade de manter e reutilizar informações em tarefas de longo prazo, especialmente quando recebem acesso a arquivos locais fornecidos por desenvolvedores.

Funções de raciocínio explicável e controle de modos

Uma das novidades da linha Claude 4 é o recurso de “thinking summaries” — resumos que explicam de forma clara o processo de raciocínio seguido pela IA para chegar a determinada resposta. Já o recurso “extended thinking”, lançado em beta, permite alternar os modos do modelo entre raciocínio puro e uso de ferramentas externas, oferecendo mais controle ao usuário sobre a forma como a IA atua.

Os modelos Claude Opus 4 e Sonnet 4 estão disponíveis via API da Anthropic, Amazon Bedrock e Google Cloud Vertex AI, além dos planos pagos da plataforma Claude. Usuários gratuitos podem, por enquanto, acessar apenas o Sonnet 4.

Ferramentas para desenvolvedores e ciclo mais rápido de lançamentos

Além dos novos modelos, a Anthropic lançou oficialmente o Claude Code, ferramenta em linha de comando voltada a tarefas de desenvolvimento com uso de agentes autônomos. A ferramenta esteve em prévia desde fevereiro e agora está disponível para todos os usuários.

A empresa também informou que pretende adotar uma política de atualizações mais frequentes de seus modelos, como forma de acompanhar o ritmo acelerado da concorrência, que inclui OpenAI, Google e Meta. A movimentação reforça a pressão no mercado de IA generativa, que vem migrando rapidamente do texto puro para casos de uso mais técnicos, especializados e voltados à automação produtiva.

Acompanhe tudo sobre:Inteligência artificialApps

Mais de Inteligência Artificial

Corrida espacial digital: Starlink domina mercado, mas concorrência se arma com bilhões em órbita

Shopify lança IA para facilitar criação de lojas virtuais

Aurora, da Microsoft, acelera previsão do tempo com uso de IA e já opera na Europa

OpenAI compra startup do criador do iPhone, por US$ 6,4 bilhões e mira levar IA ao mundo físico