Inteligência Artificial

As profissões mais ameaçadas pela IA, e as que ela ainda não substitui

Estudo baseado em interações com o Copilot mostra que 85% das tarefas de alguns trabalhos já podem ser feitas por chatbots

Áreas como implementação de IA, migração para a nuvem e cibersegurança registram alta demanda (Getty Images). (Getty Images)

Áreas como implementação de IA, migração para a nuvem e cibersegurança registram alta demanda (Getty Images). (Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 13 de outubro de 2025 às 10h05.

De redatores a DJs, estudo baseado em interações com o Copilot mostra que 85% das tarefas de alguns trabalhos já podem ser feitas por chatbots. Mas nem tudo é demissão à vista.

Empresas como Klarna, Microsoft e Amazon já substituíram parte de suas equipes por sistemas de inteligência artificial, reacendendo o debate sobre o futuro do trabalho humano.

O britânico Joe Turner, redator freelancer de 38 anos, perdeu 70% de seus clientes para chatbots nos últimos dois anos. “Você põe o coração e a alma nisso por tanto tempo, e é trocado por uma máquina”, lamenta.

Segundo um estudo da Microsoft, 85% das tarefas do trabalho de Turner podem ser realizadas por IA. O relatório, baseado em 200 mil interações com o assistente Copilot, conclui que a tecnologia já executa:

  • 90% das funções de historiadores e programadores;

  • 80% das de jornalistas e vendedores;

  • 75% das de cientistas de dados e DJs.

Já em relação às profissões mais expostas à extinção por conta da IA, de acordo com a pesquisa, é:

  • Intérpretes e tradutores: 98%
  • Historiadores: 91%
  • Matemáticos: 91%
  • Revisores de texto: 91%
  • Programadores automáticos de máquinas: 90%
  • Escritores e autores: 85%
  • Assistentes estatísticos: 85%
  • Representantes de vendas: 84%
  • Redatores técnicos: 83%
  • Jornalistas: 81%
  • Comissários e atendentes de passageiros: 80%
  • Operadores de telefonia: 80%
  • Editores: 78%
  • Educadores de gestão agrícola e doméstica: 77%
  • Cientistas políticos: 77%
  • Cientistas de dados: 77%
  • Geógrafos: 77%
  • Locutores e DJs de rádio: 74%
  • Escriturários de corretoras: 74%
  • Desenvolvedores web: 73%

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“Uma virada de época”

Para Xinrong Zhu, pesquisadora do Imperial College London, estamos diante de “um ponto de virada histórico”. Segundo ela, profissões baseadas em julgamento humano ou em relacionamento pessoal devem resistir por mais tempo, mas muitas podem desaparecer “em três a cinco anos”.

A consultora de IA que conversou com o Sky News sob anonimato concorda: “Essas funções estão fadadas a serem completamente substituídas pela ferramenta.”

As grandes corporações confirmam a tendência

A Klarna reduziu 40% de sua equipe após investir em IA. A Microsoft demitiu 15 mil pessoas enquanto investe £69 bilhões em data centers. Já o CEO da Amazon, Andy Jassy, afirmou que espera “reduzir a força de trabalho corporativa” à medida que a empresa ganha eficiência com o uso intensivo de IA.

Mesmo assim, especialistas alertam que a maioria das companhias, por enquanto, prefere congelar contratações em vez de promover cortes imediatos. Segundo um levantamento da PwC, as vagas nas áreas mais ameaçadas cresceram quatro vezes mais devagar que as demais entre 2019 e 2024.

Profissões seguras (por enquanto)

O mesmo estudo da Microsoft aponta que há funções praticamente imunes à automação — em que a IA só executa 10% ou menos das tarefas. Entre elas estão:

  • Pintores e decoradores (4%)

  • Faxineiros (3%)

  • Enfermeiros assistentes (7%)

  • Engenheiros navais (5%)

  • Auxiliares cirúrgicos (3%)

História mostra que a tecnologia também cria empregos

O economista Fabian Stephany, de Oxford, lembra que inovações como a linha de montagem de Ford e os caixas eletrônicos primeiro geraram medo, mas depois aumentaram o número total de vagas.

Ele propõe cautela: “Não é o fim do trabalho. É uma transformação. A IA deve mudar o que fazemos, não necessariamente quantos trabalham.”

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