Andy Jassi: CEO da Amazon (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)
Redator
Publicado em 20 de junho de 2025 às 08h40.
Assim como outras empresas, à medida que ganha eficiência e amplia o uso de inteligência artificial, a Amazon espera reduzir seus custos com pessoal. “Precisaremos de menos pessoas em algumas das funções realizadas atualmente, e mais pessoas em outros tipos de trabalho”, afirmou Andy Jassy, CEO da empresa, em um comunicado interno.
Atualmente, a Amazon emprega mais de 1,5 milhão de pessoas globalmente e está investindo fortemente na tecnologia. A empresa já conta com mais de mil serviços e aplicações de IA em operação ou em desenvolvimento dentro da empresa. Recentemente, ela fechou um acordo inédito com o New York Times para licenciar o conteúdo jornalístico para uso com essa finalidade.
Além disso, somente neste ano, a “loja de tudo” planeja gastar US$ 100 bilhões na expansão de serviços de IA e dos data centers que os suportam, um aumento de US$ 17 bilhões em relação aos já expressivos US$ 83 bilhões do ano passado.
Jassy destaca que a Amazon está utilizando IA generativa "em praticamente todos os cantos da empresa" e acredita que os agentes de IA transformarão a forma como vivemos e trabalhamos. Embora muitos desses agentes ainda não tenham sido desenvolvidos, o CEO avalia que eles estão chegando rapidamente e transformarão o escopo e a velocidade com que a Amazon pode inovar para seus clientes.
Esses avanços refletem uma tendência crescente, com grandes empresas apostando na IA para aumentar a produtividade e reduzir custos, o que pode resultar em uma reconfiguração significativa no mercado de trabalho nos próximos anos.
Essas declarações do CEO da Amazon devem acirrar ainda mais os temores de muitos trabalhadores corporativos, receosos de que a IA substitua postos de trabalho em diversos setores. Uma pesquisa recente da Bloomberg Intelligence aponta que até 200 mil empregos bancários poderiam ser substituídos pela tecnologia.
Outras empresas também têm apostado na IA para aumentar a eficiência. A Crowdstrike, de cibersegurança, por exemplo, demitiu 5% de sua força de trabalho em maio, citando ganhos de eficiência com a tecnologia.
Além disso, CEOs de empresas como Tobi Lutke, da Shopify, e Luis von Ahn, da Duolingo, afirmaram que futuras contratações terão que ser justificadas e só ocorrerão se a IA não for capaz de atender à demanda.