ChatGPT: gigantes do Vale do Silício defendem que saber aprender vale mais que um diploma na era da IA (Kenneth Cheung/iStockphoto)
Redação Exame
Publicado em 17 de outubro de 2025 às 14h14.
A inteligência artificial (IA) está mudando não só a forma como uma geração aprende, mas também como pensa. Uma nova pesquisa da Oxford University Press com 2.000 estudantes britânicos (entre 13 e 18 anos) revela que 8 em cada 10 adolescentes usam ferramentas de IA nos trabalhos escolares e de casa.
Muitos alunos disseram que a tecnologia ajuda a "pensar mais rápido" e "resolver questões difíceis". Contudo, especialistas alertam que essa fluência traz um custo.
"Os estudantes de hoje começam a pensar junto com as máquinas, ganhando fluência e velocidade no processamento de ideias, mas, às vezes, perdem a profundidade que vem de pausar, questionar e pensar de forma independente," afirmou Erika Galea, diretora do Educational Neuroscience Hub Europe e coautora do relatório.
Galea define esse fenômeno como "cognição sintética," um novo tipo de pensamento que emerge na chamada "geração nativa da IA."
Embora mais de 90% dos estudantes afirmem que a IA ajudou a desenvolver pelo menos uma habilidade acadêmica, uma parcela significativa percebe um dano colateral:
Professores compartilham a preocupação. A pesquisa mostra que 51% dos alunos desejam orientações mais claras das escolas sobre o uso responsável das ferramentas de IA.
Os pesquisadores de Oxford defendem que o sistema educacional deve evoluir para ensinar com a IA sem deixar os alunos pensarem como ela.
"A IA mudou o como aprendemos, mas não o porquê," disse Olga Sayer, professora e coautora do relatório. "O objetivo final da educação permanece o mesmo: pensar de forma independente e criativa, e crescer como pessoa."
O estudo conclui que, sem uma orientação cuidadosa, a próxima geração de alunos, fluente em IA, corre o risco de se tornar pensadores "sintéticos": rápidos, eficientes e capazes, mas sem a profundidade que o aprendizado verdadeiro exige.
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