Inteligência Artificial

Como o fundo soberano norueguês pretende economizar US$ 400 milhões usando IA

O presidente-executivo do fundo, Nicolai Tangen, disse que, até o momento, o fundo já estava perto de poupar a ordem de US$ 100 milhões

Presidente-executivo do fundo Norueguês: Nicolai Tangen

Presidente-executivo do fundo Norueguês: Nicolai Tangen

Janaina Camargo
Janaina Camargo

Redatora na Exame

Publicado em 2 de maio de 2025 às 11h00.

O gigante fundo de petróleo da Noruega e maior fundo soberano do mundo, quer usar inteligência artificial para reduzir US$ 400 milhões nos custos anuais com negociações, que chegam a ordem de US$ 2 bilhões por ano.

Em entrevista ao Financial Times, o presidente-executivo do fundo, Nicolai Tangen, disse que, até o momento, o fundo já estava perto de poupar a ordem de US$ 100 milhões.

Tangen explicou que o fundo utiliza programas de IA que conseguem prever com maior precisão os movimentos de compra e venda. "Às vezes, compramos uma empresa na segunda-feira e a vendemos na sexta-feira por causa das variações dos índices. Agora, é possível prever esse tipo de coisa com muito mais precisão e internalizar esses fluxos”, disse.

O executivo comentou que a iniciativa de negociar com IA começou há dois anos. "Há tantas maneiras de ajustarmos esta organização, e os números são tão grandes que mesmo pequenas melhorias têm um grande efeito."

Para implementar a IA completamente em uma organização, segundo Targen, é necessário que um "maníaco total" fique no topo, reforçando o tema o tempo todo e que realmente esteja analisando a organização adequadamente. "E então, todos que você recrutar precisam ser super alfabetizados em TI e capazes de programar. Você só precisa bombardear a organização com essas iniciativas".

O fundo norueguês é um dos maiores investidores em ações do mundo, detendo em média 1,5% de todas as empresas listadas globalmente, e realiza mais de 46 milhões de negociações por ano.

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