Segundo o Wall Street Journal, estratégia chinesa pode ser mais inteligente, mas não garante que o país vencerá a corrida pela IA (Kevin Lamarqu/Reuters)
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Publicado em 1 de setembro de 2025 às 14h25.
Estados Unidos e China seguem rumos opostos na corrida pela inteligência artificial: enquanto o primeiro investe bilhões de dólares na busca da inteligência artificial geral (AGI), o segundo aposta em aplicações práticas e acessíveis da tecnologia.
No lado ocidental, gigantes do Vale do Silício como OpenAI, Google e Meta disputam a criação de máquinas capazes de igualar ou superar a inteligência humana. A expectativa é que a AGI revolucione a ciência, transforme o setor militar e elimine tarefas repetitivas do dia a dia.
Para isso, a busca tem mobilizado investimentos maciços em talentos, data centers e energia, em uma corrida cujo impacto potencial é comparado ao da bomba atômica sobre a ordem global no final da Segunda Guerra Mundial.
Na China, o foco é diferente. O governo de Xi Jinping incentiva o setor de tecnologia a desenvolver ferramentas práticas, de baixo custo, capazes de aumentar a eficiência e gerar lucro imediato.
Modelos de IA domésticos já são usados em tarefas como correção de exames, previsões meteorológicas, policiamento e orientação agrícola. Além disso, universidades e hospitais estão implantando sistemas que auxiliam médicos e operam robôs em fábricas, tornando a tecnologia útil já no presente.
O Estado chinês também apoia a estratégia com fundos bilionários — em janeiro, anunciou US$ 8,4 bilhões para startups —, incentivos locais e um plano nacional conhecido como “AI+”, voltado para a integração da IA em pesquisa, indústria e serviços até 2030.
Além disso, o país está apostando em modelos de código aberto, que permitem que empresas construam negócios ao redor da tecnologia de forma mais barata e rápida, acelerando sua difusão global e aumentando a preocupação de empresas e autoridades dos EUA.