A IA é a nova utilidade pública; o risco é a falta de controle em setores críticos, como o de energia (Getty Images). (Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 13 de outubro de 2025 às 16h22.
Sean Evins, sócio da Kekst CNC e ex-chefe de Políticas Públicas no Meta (e também ex-executivo do Twitter, atual X), alerta em um artigo de opinião que o mundo está cometendo com a inteligência artificial (IA) os mesmos erros observados durante a ascensão das redes sociais.
Segundo Evins, se a segurança e a governança não forem priorizadas agora, será tarde demais para controlar a tecnologia.
Evins, que passou mais de uma década interagindo com governos que lutavam para entender as redes sociais, lembra o resultado da estratégia de "mover rápido e quebrar barreiras": desinformação, manipulação política e polarização.
Ele adverte que, quando a tecnologia se torna onipresente, a regulação se torna ineficaz. O mesmo erro se repete com a IA, que agora avança com a mentalidade de "construir rápido, lançar cedo e escalar agressivamente".
O especialista argumenta que a IA não é apenas um produto, mas uma nova infraestrutura para governança, defesa e economia, tornando-se, efetivamente, uma utilidade pública. As consequências de errar com a IA são exponencialmente maiores do que as do erro com as redes sociais. Evins destaca riscos familiares:
A energia serve como exemplo de setor crítico ameaçado. Data centers de IA consomem de 10 a 50 vezes mais energia que sistemas tradicionais. A demanda global por eletricidade em data centers pode aumentar de duas a três vezes até 2030.
A preocupação é que, sem supervisão, sistemas de IA possam priorizar clientes industriais em detrimento de áreas residenciais durante picos de demanda.
Ou, em crises, a IA tome milhares de decisões autônomas, deixando regiões inteiras sem energia, sem que ninguém consiga explicar ou anular o sistema.
Evins conclui que o manual de "mover rápido, pedir desculpas depois e resistir à supervisão" não serve para a IA.
Além disso, sistemas não podem ser lançados sem testes robustos e auditorias independentes e a infraestrutura de energia e dados deve ser construída com foco na governança de longo prazo.
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