Mark Zuckerberg e Alexandr Wang: CEO e diretor de IA da Meta (Getty Images)
Redator
Publicado em 21 de agosto de 2025 às 13h53.
Após meses de intensa movimentação, a Meta congelou as contratações para sua divisão de inteligência artificial, segundo o Wall Street Journal. O saldo da agressiva ofensiva da empresa: mais de 50 pesquisadores e engenheiros de IA recrutados.
No total, foram contratados mais de 20 pesquisadores e engenheiros ex-OpenAI, o principal alvo de Mark Zuckerberg desde o início, além de ao menos 13 vindos do Google, três da Apple, três da xAI e dois da Anthropic.A medida, que entrou em vigor na semana passada, coincide com uma reestruturação interna na divisão e também impede a movimentação de funcionários entre as equipes. A empresa não divulgou a duração do congelamento, mas exceções poderão ser feitas caso haja autorização do diretor de IA da Meta, Alexandr Wang.
Ao Wall Street Journal, a empresa confirmou o congelamento, classificando a ação como parte de um “planejamento organizacional básico” necessário para estabelecer uma estrutura sólida para seus esforços em superinteligência (como a Meta chama a inteligência artificial geral, AGI), após as recentes contratações e os exercícios anuais de orçamento e planejamento.
Em um cenário no qual todas as principais empresas de IA estão contratando agressivamente, a Meta se destacou por suas ações mais incisivas, oferecendo pacotes de remuneração de nove dígitos a pesquisadores renomados e utilizando aquihires para captar líderes de startups.
No entanto, essa estratégia, embora possa reposicionar a Meta na disputa pela IA, tem gerado preocupações quanto aos elevados custos com compensação em ações, que poderiam impactar o retorno para os acionistas.
A recente reestruturação dividiu as operações de IA da Meta em quatro equipes: uma dedicada à superinteligência, chamada TBD Lab, que inclui muitos dos novos contratados; outra focada em produtos de IA; uma terceira em infraestrutura; e a quarta voltada para projetos de longo prazo e mais exploratórios, chamada Fundamental AI Research, que permaneceu na maioria intacta na reorganização.
Anteriormente, a Meta possuía uma equipe chamada AGI Foundations, que trabalhava nos modelos mais recentes da família Llama. No entanto, após o lançamento insatisfatório da última versão em abril, Mark Zuckerberg se envolveu pessoalmente na busca por talentos da IA, reunindo-os no recém-criado Meta Superintelligente Labs (MSL), liderado por Wang.