Inteligência Artificial

Google lança Gemini 3; entenda o que a nova IA é capaz de fazer

Com 650 milhões de usuários ativos por mês, Google incrementa seu modelo multimodal, que agora está ainda mais conectado aos serviços da empresa

André Lopes
André Lopes

Repórter

Publicado em 18 de novembro de 2025 às 17h06.

O Google intensificou a disputa no setor de inteligência artificial nesta terça-feira, 18, com o lançamento do Gemini 3, seu novo modelo de grande porte. A atualização, que melhora tarefas como geração de código, organização de e-mails e interpretação de documentos.

O modelo também passa a combinar texto e elementos gráficos em respostas mais contextuais, algo que o Google descreve como essencial para aplicações em viagens, arte e educação. A tecnologia será integrada ao app Gemini e ao AI Mode do Google Search, recurso conversacional que vem substituindo parte das buscas tradicionais.

O avanço da IA generativa, porém, vem acompanhado de um ruído crescente: o custo da infraestrutura necessária para operar modelos dessa escala. A indústria deve investir quase US$ 7 trilhões em data centers até 2030, segundo estimativas da McKinsey, alimentando a dúvida central do momento: será possível transformar esse investimento em receita antes que o ciclo de hardware se torne obsoleto?

Os testes divulgados pelo Google indicam que o Gemini 3 alcançou 72% de precisão em benchmarks padronizados, desempenho alto para modelos da categoria, segundo a empresa, e superior ao de rivais em vários testes públicos. A precisão pode subir quando o modelo estiver totalmente integrado ao mecanismo de busca, já que o sistema poderá cruzar respostas com informações em tempo real na internet.

Escala, distribuição e pressão comercial

A principal vantagem do Google, porém, não está apenas no modelo, mas em sua capacidade de distribuição. O app Gemini atingiu 650 milhões de usuários ativos mensais, quase o dobro dos 350 milhões registrados em março. Para acelerar a adoção, a empresa decidiu tornar gratuito seu plano Google AI Pro para universitários nos EUA — um benefício de cerca de US$ 240 por ano.

O movimento também reforça a competição no setor de nuvem. Empresas de grande porte já testam o Gemini 3 para transcrever reuniões multilíngues, organizar caixas de e-mail e resumir documentos corporativos, usos considerados essenciais para disputar com Microsoft e Amazon contratos empresariais de maior valor.

No último trimestre, a divisão de nuvem da Alphabet registrou alta de 33% na receita, chegando a US$ 15 bilhões, impulsionada justamente por serviços ligados à IA.

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