IA assume apenas tarefas rotineiras; decisões críticas e exceções continuam com agentes humanos (Getty Images). (Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 30 de setembro de 2025 às 15h00.
Um novo estudo da consultoria Gartner contraria as previsões mais alarmistas sobre o impacto da inteligência artificial no mercado de trabalho. Segundo a análise, nenhuma empresa da Fortune 500 (classifica as 500 maiores empresas dos Estados Unidos) deve substituir integralmente seus agentes de atendimento humano por sistemas de IA antes de 2028.
A conclusão surpreende porque o setor de atendimento ao cliente sempre foi apontado como um dos mais vulneráveis à automação. O uso crescente de chatbots em sites de e-commerce reforça essa percepção. No entanto, a Gartner defende que, apesar dos avanços tecnológicos, o fator humano continua insubstituível para lidar com situações complexas e construir relacionamentos duradouros.
Além disso, a consultoria prevê que metade das companhias que hoje planejam cortes drásticos para adotar IA deverá abandonar esses planos até 2027. O motivo, de acordo com o relatório, é a dificuldade de alcançar resultados efetivos apenas com ferramentas automatizadas. Em muitos casos, a substituição total de pessoas por sistemas não gera a eficiência prometida.
“IA e automação estão transformando o atendimento ao cliente, mas agentes humanos são insubstituíveis em situações nuançadas e de alto risco”, afirmou Kathy Ross, diretora de pesquisa da Gartner.
Pesquisas recentes confirmam essa visão. Um levantamento da HubSpot em parceria com a SurveyMonkey mostra que quatro em cada cinco consumidores preferem falar com uma pessoa em vez de um robô, mesmo que o tempo de espera seja igual. Outro estudo, de agosto, revelou que interações com sistemas de IA podem gerar frustração adicional e até prejudicar a reputação da marca.
O mesmo raciocínio se aplica a vendas digitais. Um relatório apontou que transmissões ao vivo feitas por influenciadores humanos têm impacto positivo nas vendas, enquanto campanhas conduzidas por IA praticamente não alteram os resultados.
Para a Gartner, as companhias que direcionarem seus times para atender interações de maior valor agregado terão vantagem competitiva. “Líderes que focarem em contatos complexos e de alto valor vão se destacar e gerar crescimento de longo prazo”, concluiu Ross.
Em meio à corrida pela adoção de IA, o estudo sugere que manter o toque humano pode ser uma forma de diferenciação — especialmente em áreas críticas como suporte ao cliente e relacionamento pós-venda.
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