Redatora
Publicado em 21 de agosto de 2025 às 09h50.
A Meta (META) suspendeu as contratações na nova divisão de inteligência artificial (IA), encerrando uma onda de gastos para atrair e contratar engenheiros e pesquisadores de ponta. A medida foi confirmada pela companhia na quinta-feira, 21.
A pausa foi inicialmente reportada pelo Wall Street Journal, que apontou que a decisão entrou em vigor na semana passada em meio a uma reestruturação mais ampla da área.
Em nota enviada à CNBC, a Meta afirmou que se trata de “um planejamento organizacional básico: criar uma estrutura sólida para nossos novos esforços em superinteligência após trazer pessoas a bordo e realizar exercícios anuais de orçamento e planejamento”.
De acordo com a reportagem, a reorganização dividiu os esforços da Meta em quatro frentes: um time voltado à construção de superinteligência, chamado “TBD lab”, uma divisão de produtos de IA, uma de infraestrutura e outra de projetos de longo prazo.
Todas as frentes foram agrupadas sob a “Meta Superintelligence Labs”, denominação que reflete a ambição do CEO Mark Zuckerberg de desenvolver uma IA superior à inteligência humana.
Neste ano, a Meta investiu pesado para atrair talentos, chegando a oferecer bônus de contratação de até US$ 100 milhões.
Um dos movimentos mais agressivos foi a contratação de Alexandr Wang, fundador da Scale AI, em um acordo que custou US$ 14,3 bilhões por 49% da startup. Wang agora lidera o laboratório da companhia dedicado à evolução da série de modelos de linguagem Llama, de código aberto.
Apesar do congelamento de novas contratações, analistas de mercado minimizam a possibilidade de um corte relevante nos investimentos da companhia. “Depois de várias ofertas e contratações de nove dígitos, vejo a pausa como um ponto natural de descanso para a Meta”, disse Daniel Newman, CEO do Futurum Group, à CNBC.
A suspensão também ocorre em um momento de maior cautela com os gastos em IA, após uma semana de forte queda nas ações de tecnologia dos Estados Unidos e declarações de Sam Altman, CEO da OpenAI, de que o setor estaria em uma “bolha”.