Redatora
Publicado em 25 de março de 2025 às 16h11.
Última atualização em 25 de março de 2025 às 16h12.
A chinesa Alibaba lançou nesta terça-feira, 25, o Qwen2.5-VL, novo modelo de inteligência artificial (IA) que consegue rodar até mesmo em computadores pessoais com boa capacidade de memória[/grifar]. Com 32 bilhões de parâmetros, ele é considerado leve e inteligente ao mesmo tempo — uma combinação rara em um mercado voltado para grandes e caros data centers.
Segundo a empresa chinesa, o modelo tem habilidades aprimoradas em matemática e resolução de problemas, graças ao uso de aprendizado por reforço, técnica usada para melhorar o desempenho com base em testes sucessivos. O Qwen2.5-VL também consegue analisar vídeos longos, de até uma hora, e identificar automaticamente os trechos mais relevantes.
Além de vídeos, o modelo entende textos, gráficos, diagramas e imagens com múltiplas camadas. Ele ainda pode ser usado como agente de IA, sendo capaz de operar outras ferramentas em um computador ou smartphone, como se fosse um assistente pessoal automatizado.
O programador britânico Simon Willison, criador do projeto Datasette, elogiou o desempenho do modelo em seu blog. Segundo ele, o Qwen2.5 de 32 bilhões de parâmetros entrega performance comparável à do GPT-4, mas com a vantagem de rodar em seu MacBook com 64 GB de RAM sem travar os demais aplicativos.
O lançamento é parte de uma tentativa mais ampla do Alibaba de mudar seu posicionamento global. Após perder espaço no varejo eletrônico, área em que foi líder por décadas, o grupo chinês agora quer se firmar como um dos nomes centrais na corrida da IA.
Nos últimos meses, a empresa assinou contratos importantes, como o que prevê o desenvolvimento do Apple Intelligence na China. Também se associou à startup Butterfly Effect, que criou o agente Manus AI. Para sustentar essa virada, o Alibaba anunciou um investimento de US$ 53 bilhões em IA e infraestrutura de computação nos próximos três anos.
Em paralelo, a companhia lançou uma versão atualizada da família Qwen, que, segundo a própria empresa, será capaz de reconhecer emoções humanas em textos e imagens — mais um passo para tornar seus modelos úteis em interações mais naturais.