Inteligência Artificial

Novo pacto com a OpenAI aproxima taiwanesa Foxconn do núcleo da infraestrutura de IA dos EUA

Parceria envolve desenvolvimento de hardware crítico e reforça movimento dos EUA de internalizar produção para IA

André Lopes
André Lopes

Repórter

Publicado em 21 de novembro de 2025 às 11h05.

Última atualização em 21 de novembro de 2025 às 11h10.

A mais nova aposta das big techs dos EUA para expandir sua infraestrutura de data centers é uma empresa taiwanesa. A Foxconn apresentou aos investidores nesta sexta-feira, 21, um plano de infraestrutura com aportes entre US$ 1 bilhão e US$ 5 bilhões para ampliar sua capacidade industrial no país. O objetivo é fornecer servidores e componentes críticos para empresas como a OpenAI e a Nvidia, que lideram a corrida global por computação de alto desempenho.

O anúncio vem acompanhado de uma parceria formalizada com a OpenAI para desenvolver, em conjunto, uma nova geração de servidores, além de redesenhar etapas-chave do funcionamento de data centers voltados a inteligência artificial. Segundo a companhia, o acordo prevê o codesenvolvimento de racks fabricados em território norte-americano e soluções de energia e refrigeração de alta densidade.

A cooperação se concentra também na produção de cabos, sistemas energéticos e outros equipamentos essenciais. A expectativa é que, a partir de 2026, a Foxconn consiga montar até 2.000 racks por semana nos EUA, ampliando sua relevância em um segmento estratégico e reduzindo a dependência histórica da montagem de iPhones para a Apple.

Pressão por infraestrutura e disputa por liderança no hardware de IA

Nenhum contrato de compra foi anunciado, mas Liu afirmou que as duas empresas já colaboram há meses e que recebeu Sam Altman, CEO da OpenAI, na sede da companhia em Taiwan para discutir gargalos estruturais dos centros de dados atuais.

A aproximação se dá no momento em que a OpenAI participa de um projeto estimado em US$ 500 bilhões para construir data centers nos EUA ao lado de Oracle e SoftBank. A prioridade é suprir a explosão de demanda por processamento de IA, uma diretriz apoiada pela Casa Branca para reduzir riscos logísticos e tarifários nas cadeias tecnológicas.

A Foxconn, por sua vez, tenta reforçar sua presença no ecossistema de hardware de IA e já integra o projeto Stargate, operando uma unidade de servidores pertencente ao SoftBank. A expansão nos EUA também ajuda a empresa a atender exigências regulatórias e industriais do governo norte-americano.

A companhia também anunciou, no mesmo dia, um novo veículo elétrico — o Model A — que será fabricado no Japão, e uma parceria com a Intrinsic para desenvolver fábricas inteligentes baseadas em robótica avançada. Para Liu, robôs humanoides devem ocupar de 10% a 20% das tarefas que ainda dependem de destreza humana, complementando linhas de produção já altamente automatizadas.

Acompanhe tudo sobre:FoxconnOpenAI

Mais de Inteligência Artificial

Fox News contrata Palantir para otimizar redação com IA

TikTok vai permitir controle de conteúdo gerado com IA no feed

Apple resiste à correção das big techs com ajuda do iPhone 17

Como a IA vai ensinar tudo a todos