Inteligência Artificial

O que é um agente de IA? Empresas não têm consenso

Big techs usam o termo para descrever tecnologias distintas, gerando confusão no mercado

LONDON, ENGLAND - FEBRUARY 03: In this photo illustration, the welcome screen for the OpenAI "ChatGPT" app is displayed on a laptop screen on February 03, 2023 in London, England. OpenAI, whose online chatbot ChatGPT made waves when it was debuted in December, announced this week that a commercial version of the service, called ChatGPT Plus, would soon be available to users in the United States. (Photo by Leon Neal/Getty Images) (Leon Neal/Getty Images)

LONDON, ENGLAND - FEBRUARY 03: In this photo illustration, the welcome screen for the OpenAI "ChatGPT" app is displayed on a laptop screen on February 03, 2023 in London, England. OpenAI, whose online chatbot ChatGPT made waves when it was debuted in December, announced this week that a commercial version of the service, called ChatGPT Plus, would soon be available to users in the United States. (Photo by Leon Neal/Getty Images) (Leon Neal/Getty Images)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 15 de março de 2025 às 15h03.

Empresas de tecnologia estão apostando alto em agentes de inteligência artificial (IA), o recurso que permite que IAs tomem conta de tarefas de forma autônoma e por períodos pre-configurados. E não é promessa para o próximo ano, o CEO da OpenAI, Sam Altman, afirmou que agentes irão "entrar na força de trabalho" ainda em 2025. Já Satya Nadella, da Microsoft, prevê que substituirão certos trabalhos intelectuais. Já Marc Benioff, da Salesforce, declarou que quer fazer da empresa a "número um em trabalho digital" por meio de serviços baseados em agentes.

Mas há um problema: não há consenso sobre o que, de fato, define um agente de IA.

Nos últimos anos, o termo se tornou um dos mais repetidos na indústria de tecnologia, com promessas de transformar a forma como as pessoas trabalham, assim como os chatbots fizeram com a busca por informações. No entanto, a falta de uma definição clara do que constitui um agente está criando confusão entre empresas e clientes.

Na última semana, a OpenAI tentou definir agentes como "sistemas automatizados capazes de realizar tarefas de forma independente para usuários". No entanto, em documentos técnicos voltados para desenvolvedores, a empresa os descreveu como "LLMs equipados com instruções e ferramentas". Para complicar, uma executiva da OpenAI afirmou em um post que os termos "assistentes" e "agentes" são intercambiáveis.

Outras gigantes seguem abordagens diferentes. A Microsoft distingue agentes de assistentes de IA: os primeiros seriam "novos aplicativos" ajustados para tarefas específicas, enquanto os assistentes apenas ajudam em tarefas mais genéricas, como escrever e-mails. Já a Salesforce tem uma definição ainda mais ampla, considerando agentes como qualquer sistema capaz de responder automaticamente a consultas de clientes, classificando-os em seis tipos diferentes.

A confusão não é nova, mas, com mais produtos sendo lançados sob esse rótulo, o problema se intensificou. Recentemente, OpenAI, Google e Perplexity apresentaram suas primeiras versões de agentes — o Operator da OpenAI, o Project Mariner da Google e o agente de compras da Perplexity —, todos com capacidades distintas.

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