Sandra Vaz, country manager da Red Hat Brasil: “Entendemos que muitos parceiros já passaram da fase de experimentação com IA para a necessidade de implementações robustas” (RED HAT/Divulgação)
EXAME Solutions
Publicado em 29 de outubro de 2025 às 15h21.
O Teatro Santander, em São Paulo, foi o espaço escolhido pela Red Hat para a etapa brasileira do Red Hat Summit: Connect 2025, evento que reuniu executivos, parceiros e especialistas para discutir aplicações reais da inteligência artificial nos negócios — em especial, como é possível maximizar os investimentos em IA de forma segura e eficiente.
Com o tema Unlock What’s Next, o encontro é parte de uma série de eventos que têm percorrido diferentes países levantando conversas e debates sobre tecnologia, e apresentando as novidades da empresa a clientes e comunidades locais.
“Vivemos uma era em que a única constante é a mudança. As organizações buscam, permanentemente, novas formas de ser mais eficientes, crescer e manter uma vantagem competitiva. Hoje, a inteligência artificial já não é mais um conceito futurista: é uma realidade palpável e que oferece oportunidades sem precedentes”, destacou Sandra Vaz, country manager da Red Hat no Brasil, durante a abertura do evento.
Para a Red Hat, essas oportunidades envolvem aproveitar o papel estratégico do open source na consolidação da IA empresarial. “Nossa visão é clara: combinar o poder da inovação aberta com o enorme potencial da IA permitindo que as equipes passem do medo à ação, dos experimentos à produção”, analisa Vaz.
Apesar de focar nas possibilidades trazidas pela evolução da tecnologia, as incertezas geradas pela adoção acelerada da IA não foram deixadas de lado. Sigla para o termo em inglês Fear of Missing Out (medo de ficar de fora), a FOMO gera uma certa ansiedade sobre o assunto em questão, no caso, o impacto da IA nos negócios. A grande pergunta é: o que acontece se não surfarmos a onda da IA agora?
“Esse medo de perder algo não é novo, mas a sensação de que se não adotarmos a IA agora ficaremos para trás, vem ganhando força. Na Red Hat, entendemos que muitos parceiros já passaram da fase de experimentação com IA para a necessidade de implementações robustas e prontas para a produção, que entreguem valor real para o negócio. Nossa missão é acompanhá-los nessa transição para que possam realizá-la de forma ágil, segura, eficaz e, acima de tudo, adaptada a suas necessidades”, destaca a country manager.
O evento contou com a presença de parceiros estratégicos da Red Hat, incluindo AWS, Microsoft, SManager, Albert Einstein e Banrisul, que compartilharam desde cases até conversas sobre como a tecnologia tem impactado os seus negócios.
Red Hat Summit Connect São Paulo 2025: público contou com palestras, ativações e painéis durante o evento (RED HAT/Divulgação)
Com o tema “Aplicando a IA na prática”, o painel do futurista, autor e professor Carlos Piazza foi um dos destaques do encontro. Ao lado de Gilson Magalhães, vice-presidente e general manager da Red Hat para América Latina, e de Alexandre Duarte, vice-presidente de serviços para a América Latina na Red Hat, Piazza destacou que “a inteligência artificial não é uma corrida, mas um campeonato de longo prazo — e colaboração é o que define quem vence”.
Já para Magalhães, apesar da aceleração, não é difícil saber para onde as empresas estão indo. “Por tudo o que temos visto no mercado, podemos dizer que os negócios estão caminhando para uma direção muito clara: automação, IA, otimização de processos e ganho de eficiência. É nisso que as empresas precisam focar”, destaca.
A etapa São Paulo do Red Hat Summit: Connect também reafirmou o papel estratégico do Brasil não só dentro da operação da empresa, mas como protagonista da inovação na América Latina. O país é hoje o maior mercado da Red Hat na região, concentrando grande parte dos investimentos, clientes corporativos e projetos de transformação digital que utilizam o portfólio da marca.
Essa relevância se reflete tanto no crescimento de parcerias locais quanto na formação de talentos e comunidades open source que alimentam o ecossistema tecnológico brasileiro.
“No Brasil, e ainda mais em São Paulo, vemos muita tecnologia e inovação. O mercado de IA ainda não é maduro como um todo, mas já vemos uma série de empresas nativas dessa tecnologia, além de outras que estão adotando a IA com rapidez. Vemos, inclusive, instituições governamentais que estão testando diferentes metodologias para adotar a IA do jeito certo. Por isso é ótimo para nós, como empresa, estarmos aqui e podermos nos conectar com clientes e com o mercado local”, analisa Monica Livingston, Líder de Plataforma de IA para as Américas na Red Hat.
A executiva reforçou a importância de tecnologias como o Red Hat AI 3, apresentado durante o evento como uma evolução significativa da plataforma de IA corporativa da Red Hat. Reunindo as mais recentes inovações do Red Hat AI Inference Server, Red Hat Enterprise Linux AI (RHEL AI) e Red Hat OpenShift AI, a solução ajuda a simplificar as complexidades da inferência de IA de alto desempenho em escala, permitindo que as organizações movam mais facilmente as cargas de trabalho das provas de conceito para a produção e melhorem a colaboração em torno de aplicações habilitadas para IA.
Em um ano marcado por aquisições estratégicas da Red Hat, como a Neural Magic, especializada em tecnologias de inferência otimizadas (vLLM), a edição brasileira do Summit reforça a relevância da operação local. Presentes na América Latina há mais de 20 anos, as soluções da empresa apoiam setores como finanças, governo e telecomunicações no país.
“Nosso evento é um espaço para conectar ecossistemas e compartilhar conhecimento. O futuro da IA será híbrido, aberto e colaborativo. E é isso que queremos construir com nossos clientes e parceiros”, finaliza Sandra Vaz.