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WeRide, de transporte autônomo, diz que lucro pode demorar cinco anos, mas admite incerteza

Startup chinesa de direção autônoma acumula prejuízo de US$ 600 milhões em dois anos e depende de regulação para crescer

Teste de direção autônoma realizado pela WeRide em Barcelona, Espanha, em março. Imagem: Divulgação/WeRide

Teste de direção autônoma realizado pela WeRide em Barcelona, Espanha, em março. Imagem: Divulgação/WeRide

Ramana Rech
Ramana Rech

Redatora

Publicado em 31 de março de 2025 às 11h58.

O fundador e CEO da startup chinesa de tecnologia de carros autônomos WeRide, Tony Han, disse esperar que a empresa se torne lucrativa em cinco anos, mas que o prazo é incerto por depende de regulação governamental e parcerias comerciais.

Han destacou que tecnologias de direção autônoma requerem grande investimento e o retorno financeiro é um longo processo. “O que eu quero nos próximos cinco anos é que, primeiro de tudo, a empresa se torne lucrativa”, disse o CEO ao Financial Times.

"Acho que, do ponto de vista tecnológico, isso definitivamente terá suporte dentro de cinco anos, mas há mais considerações comerciais e políticas", completou. A companhia tem reportado perdas nos últimos três anos.

O prazo para lucratividade da WeRide depende do ritmo de regulamentação dos países de veículos autônomos, da abertura do público para a nova tecnologia e do quão rápido parceiros irão integrar sistemas autônomos, diz Han.

A WeRide conseguiu levantar US$ 440,5 milhões em sua oferta pública inicial na bolsa de valores dos Estados Unidos em outubro do ano passado. Isso elevou o valor de mercado da empresa para US$ 4 bilhões.

A startup diz ser a única empresa de tecnologia com autorização para direção autônoma em cinco países: China, França, Emirados Árabes, Singapura e Estados Unidos. Na semana passada, a empresa conseguiu permissão da França para teste e operação de direção autônoma, o que levou a uma parceria com a operadora de rede de mobilidade francesa Beti. Han quer expandir as operações da empresa para outros mercados europeus, como Espanha e Alemanha.

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