Garry Tan: CEO da Y Combinator está de olho na "era dos agentes" (Seb Daly/Web Summit/Getty Images)
Redator
Publicado em 16 de junho de 2025 às 14h40.
A turma de 2025 da aceleradora de startups Y Combinator (YC) reflete uma tendência crescente no mercado global: quase 50% das empresas selecionadas estão desenvolvendo soluções baseadas em inteligência artificial (IA). Esses softwares, chamados de agentes de IA, são capazes de realizar tarefas de forma autônoma e pensar de maneira inteligente, cada vez mais presentes em setores como segurança cibernética, saúde, fintech e consumo.
Das 144 empresas selecionadas, 70 estão voltadas para a tecnologia, abrangendo setores como segurança cibernética, saúde, fintech, consumo, entre outros. Durante o YC Demo Day, as startups apresentaram suas inovações, destacando como a IA pode transformar diversas indústrias.
Cada turma da YC é composta por centenas de startups iniciantes, que têm seu desenvolvimento acelerado durante três meses de mentoria na sede da empresa, no Vale do Silício, em São Francisco. Todas elas recebem ainda um investimento de US$ 500 mil da aceleradora. Entre os casos de sucesso estão empresas como Airbnb, DoorDash, Coinbase e Instacart.
Todos os anos, dezenas de milhares se candidatam, mas apenas algumas são selecionadas. Essa foi a primeira vez que a YC formou uma turma de primavera, que foi acelerada entre abril e junho deste ano.
Entre as mais promissoras está a Approval AI, que automatiza o processo de hipoteca, desde a comparação de taxas até a negociação e a geração de documentos. Fundada em 2025 por Arjun Lalwani e Helly Shah, a empresa atua no setor de fintech, ajudando consumidores a encontrar as melhores ofertas e facilitando o processo de aplicação de hipotecas.
Outra inovadora é a Beluga Labs, uma plataforma B2B que usa IA para organizar a renda e os gastos de criadores de conteúdo, além de otimizar incentivos fiscais. Criada por Fernando Young e Jack Swisher, ela atende ao setor de operações para criadores de conteúdo, facilitando a gestão financeira desses profissionais.
A Casco atua no setor de segurança cibernética, utilizando IA para simular ataques a sistemas corporativos e detectar falhas e vulnerabilidades. Fundada por Ren Brandel e Ian Saultz, a startup busca melhorar a segurança digital, um mercado em rápida expansão.
Na área de saúde, a Galen AI se destaca ao integrar registros médicos e dados de saúde e bem-estar para oferecer recomendações personalizada. Fundada por Viraj Mehta e Priyanka Shrestha, a empresa usa IA para promover um cuidado de saúde mais individualizado e preventivo.
Além delas, a Mbodi AI é uma startup que ensina robôs existentes a executar novas tarefas utilizando linguagem natural e IA. Com foco em manufatura e robótica, foi fundada em 2025 por Xavier (Tianhao) Chi e Sebastian Peralta, oferecendo soluções inovadoras para a indústria.
Por fim, a Plexe constrói agentes de código aberto que permitem a criação de modelos preditivos de aprendizado de máquina a partir de comandos em linguagem natural, enquanto a Willow apresenta um aplicativo de dicção por voz que utiliza IA para redigir mensagens no tom do usuário.