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Como funciona o imposto regressivo em renda fixa e qual a melhor estratégia tributária?

Alíquota do Imposto de Renda sobre investimentos em renda fixa pode variar de 22,5% a 15%, dependendo do tempo de aplicação; veja como isso impacta seus rendimentos

Manter um investimento por mais de 720 dias reduz a alíquota do Imposto de Renda para 15%, aumentando a rentabilidade líquida (Seksan Mongkhonkhamsao/Getty Images)

Manter um investimento por mais de 720 dias reduz a alíquota do Imposto de Renda para 15%, aumentando a rentabilidade líquida (Seksan Mongkhonkhamsao/Getty Images)

Publicado em 25 de fevereiro de 2025 às 23h59.

Os investimentos em renda fixa são uma opção atrativa para quem busca segurança e previsibilidade, mas a tributação pode impactar os rendimentos. No Brasil, a maioria dos títulos de renda fixa, como CDBs, Tesouro Direto e fundos de investimento, está sujeita ao Imposto de Renda (IR) regressivo, ou seja, quanto mais tempo o dinheiro permanecer investido, menor será a alíquota cobrada sobre os rendimentos. Para quem deseja maximizar os ganhos, entender como esse imposto funciona e quais estratégias tributárias adotar é essencial.

Como funciona o imposto regressivo em renda fixa?

A tributação dos investimentos em renda fixa segue uma tabela regressiva de Imposto de Renda retido na fonte. Isso significa que a alíquota diminui conforme o tempo de aplicação, incentivando investimentos de longo prazo. Veja a tabela atual:

  • Até 180 dias: 22,5%
  • De 181 a 360 dias: 20%
  • De 361 a 720 dias: 17,5%
  • Mais de 720 dias: 15%

Quanto a tributação impacta os rendimentos?

Imagine que você investiu R$ 50.000 em um CDB que rende 100% do CDI, com a taxa do CDI a 13,15% ao ano. Veja o impacto da tributação em diferentes prazos:

Resgate após 6 meses (180 dias – IR de 22,5%)

  • Rendimento bruto: R$ 3.289
  • Imposto de Renda (22,5% sobre o lucro): R$ 740
  • Rendimento líquido: R$ 2.549
  • Valor final após IR: R$ 52.549

Resgate após 1 ano (365 dias – IR de 17,5%)

  • Rendimento bruto: R$ 6.758
  • Imposto de Renda (17,5% sobre o lucro): R$ 1.182
  • Rendimento líquido: R$ 5.576
  • Valor final após IR: R$ 55.576

Resgate após 2 anos (730 dias – IR de 15%)

  • Rendimento bruto: R$ 14.437
  • Imposto de Renda (15% sobre o lucro): R$ 2.166
  • Rendimento líquido: R$ 12.271
  • Valor final após IR: R$ 62.271

Qual a melhor estratégia tributária para investir em renda fixa?

Para minimizar o impacto do imposto regressivo e potencializar seus ganhos, algumas estratégias são essenciais:

  • Priorize investimentos de longo prazo: a melhor forma de reduzir a alíquota do IR é manter o dinheiro investido por mais de 720 dias, garantindo a tributação mínima de 15%. Se você não precisar do dinheiro no curto prazo, priorize prazos mais longos.
  • Diversificar a carteira: além de investimentos em renda fixa, considerar aplicações em renda variável, como ações ou fundos imobiliários, que podem oferecer outros incentivos fiscais e diversificar o risco
  • Utilize produtos isentos de IR: algumas aplicações de renda fixa são isentas de Imposto de Renda, como LCI e LCA (Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio), debêntures incentivadas, e CRIs e CRAs (Certificados de Recebíveis Imobiliários e do Agronegócio).
  • Evite resgates antecipados: resgatar um investimento antes do prazo ideal pode resultar em uma alíquota de IR mais alta. Se precisar de liquidez, diversifique sua carteira para incluir opções de curto, médio e longo prazo.

Vale a pena investir considerando a tributação regressiva?

A tributação regressiva do Imposto de Renda em renda fixa incentiva investimentos de longo prazo, tornando fundamental um planejamento estratégico para evitar perdas desnecessárias com impostos. Para maximizar os ganhos, é importante escolher investimentos adequados ao seu tempo e, sempre que possível, optar por produtos isentos de IR.

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