Os CDBs com garantia do FGC protegem até R$ 250.000 em caso de falência do banco emissor (Gearstd/Thinkstock)
Publicado em 18 de março de 2025 às 20h04.
Ao investir em renda fixa, muitos investidores consideram esse tipo de aplicação como uma das mais seguras. Contudo, mesmo nesse segmento, existe um fator de risco importante a ser observado: o risco de crédito. Esse risco está relacionado à possibilidade de o emissor do título não honrar o pagamento da dívida, o que pode impactar diretamente o rendimento e a segurança do investimento.
O risco de crédito refere-se à possibilidade de um emissor de título (seja uma empresa ou o governo) não cumprir com suas obrigações de pagamento, seja de juros ou do valor principal do título. Em outras palavras, trata-se da chance de inadimplência do emissor, o que pode levar o investidor a não receber os valores esperados. Esse risco é particularmente relevante para os investimentos em renda fixa, como CDBs (Certificados de Depósito Bancário), debêntures, títulos públicos e outros produtos de renda fixa emitidos por entidades públicas e privadas.
Ao investir em renda fixa, o investidor está basicamente emprestando dinheiro a uma instituição que se compromete a pagar uma certa quantia de volta no futuro, com juros. Se essa instituição não cumprir o acordado, o investidor pode perder parte ou a totalidade do valor investido.
Em investimentos de renda fixa, como CDBs ou debêntures, o risco de crédito se manifesta quando o emissor do título não paga os juros ou o valor do principal na data de vencimento acordada. Isso pode ocorrer por diversos motivos, como problemas financeiros da empresa ou dificuldades econômicas enfrentadas pelo governo que emitiu o título. No caso dos títulos públicos, como os títulos do Tesouro Direto, o risco de crédito é menor, pois o governo é visto como um emissor mais seguro. No entanto, o risco sempre existe, especialmente em cenários econômicos instáveis.
Esse risco é representado pelas agências de classificação de risco, que avaliam a capacidade de uma empresa ou governo de pagar suas dívidas. As agências atribuem notas de crédito que indicam o grau de segurança dos investimentos, sendo as mais altas indicativas de baixo risco de crédito, e as mais baixas de alto risco.
Para minimizar os riscos de crédito ao investir em renda fixa, é fundamental tomar algumas precauções:
Existem algumas estratégias que podem ser adotadas para minimizar os impactos do risco de crédito. Uma delas é o seguro de crédito, oferecido por algumas instituições, que protege o investidor caso o emissor do título não pague. Outra opção são os títulos com garantia, como os CDBs, que podem contar com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), assegurando o investidor até R$ 250.000 em caso de falência do emissor.
Investir em um fundo de crédito também é uma estratégia interessante, pois esses fundos compram títulos de diversas empresas e setores, diluindo o risco.