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O que é o risco de crédito e como ele impacta os investidores em renda fixa?

Entenda como o risco de crédito pode afetar seus investimentos em renda fixa e quais medidas tomar para mitigá-lo

Os CDBs com garantia do FGC protegem até R$ 250.000 em caso de falência do banco emissor (Gearstd/Thinkstock)

Os CDBs com garantia do FGC protegem até R$ 250.000 em caso de falência do banco emissor (Gearstd/Thinkstock)

Publicado em 18 de março de 2025 às 20h04.

Ao investir em renda fixa, muitos investidores consideram esse tipo de aplicação como uma das mais seguras. Contudo, mesmo nesse segmento, existe um fator de risco importante a ser observado: o risco de crédito. Esse risco está relacionado à possibilidade de o emissor do título não honrar o pagamento da dívida, o que pode impactar diretamente o rendimento e a segurança do investimento.

O que é o risco de crédito?

O risco de crédito refere-se à possibilidade de um emissor de título (seja uma empresa ou o governo) não cumprir com suas obrigações de pagamento, seja de juros ou do valor principal do título. Em outras palavras, trata-se da chance de inadimplência do emissor, o que pode levar o investidor a não receber os valores esperados. Esse risco é particularmente relevante para os investimentos em renda fixa, como CDBs (Certificados de Depósito Bancário), debêntures, títulos públicos e outros produtos de renda fixa emitidos por entidades públicas e privadas.

Ao investir em renda fixa, o investidor está basicamente emprestando dinheiro a uma instituição que se compromete a pagar uma certa quantia de volta no futuro, com juros. Se essa instituição não cumprir o acordado, o investidor pode perder parte ou a totalidade do valor investido.

Como funciona o risco de crédito na renda fixa?

Em investimentos de renda fixa, como CDBs ou debêntures, o risco de crédito se manifesta quando o emissor do título não paga os juros ou o valor do principal na data de vencimento acordada. Isso pode ocorrer por diversos motivos, como problemas financeiros da empresa ou dificuldades econômicas enfrentadas pelo governo que emitiu o título. No caso dos títulos públicos, como os títulos do Tesouro Direto, o risco de crédito é menor, pois o governo é visto como um emissor mais seguro. No entanto, o risco sempre existe, especialmente em cenários econômicos instáveis.

Esse risco é representado pelas agências de classificação de risco, que avaliam a capacidade de uma empresa ou governo de pagar suas dívidas. As agências atribuem notas de crédito que indicam o grau de segurança dos investimentos, sendo as mais altas indicativas de baixo risco de crédito, e as mais baixas de alto risco.

Cuidados ao investir em renda fixa

Para minimizar os riscos de crédito ao investir em renda fixa, é fundamental tomar algumas precauções:

  1. Diversificação: evite concentrar seus investimentos em um único emissor ou setor. A diversificação ajuda a reduzir o risco de perdas significativas caso um dos emissores enfrente problemas financeiros.
  2. Avaliação do rating de crédito: as agências de rating, como Standard & Poor’s, Moody’s e Fitch, atribuem classificações ao risco de crédito dos emissores. Investir em títulos com notas mais altas (AAA, AA) pode reduzir o risco de inadimplência.
  3. Investir em títulos públicos: os títulos emitidos pelo governo, como o Tesouro Direto, apresentam um risco de crédito mais baixo, especialmente em economias estáveis. São opções mais seguras para quem busca menor risco.
  4. Análise do emissor: para debêntures e outros títulos privados, é importante analisar a saúde financeira da empresa emissora, verificando sua situação no mercado, lucro, endividamento e perspectiva de crescimento.
  5. Acompanhamento contínuo: mantenha-se informado sobre o desempenho econômico e as mudanças nas classificações de risco dos emissores. Isso pode ajudar a tomar decisões mais informadas sobre manter ou vender os investimentos.

Medidas de solução para mitigar o risco de crédito

Existem algumas estratégias que podem ser adotadas para minimizar os impactos do risco de crédito. Uma delas é o seguro de crédito, oferecido por algumas instituições, que protege o investidor caso o emissor do título não pague. Outra opção são os títulos com garantia, como os CDBs, que podem contar com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), assegurando o investidor até R$ 250.000 em caso de falência do emissor.

Investir em um fundo de crédito também é uma estratégia interessante, pois esses fundos compram títulos de diversas empresas e setores, diluindo o risco.

Acompanhe tudo sobre:Guia de Investimentos

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