Em 2025, debêntures incentivadas costumam oferecer uma remuneração líquida próxima a 15% ao ano (MarianVejcik/Thinkstock)
Publicado em 15 de maio de 2025 às 12h17.
No atual cenário econômico, buscar alternativas de investimento que ofereçam bom rendimento aliado a benefícios fiscais tornou-se prioridade para muitos investidores. Uma opção que tem ganhado destaque são os fundos de debêntures de infraestrutura, que atraem pelo potencial de retorno e pela isenção do imposto de renda para pessoas físicas.
Esses fundos investem predominantemente em debêntures incentivadas — títulos de dívida emitidos por empresas para financiar projetos de infraestrutura aprovados pelo governo. O diferencial é que essas debêntures são isentas de imposto de renda para pessoas físicas, aumentando o retorno líquido do investimento.
Ao aplicar, o investidor compra cotas do fundo, que usa esse capital para adquirir debêntures de infraestrutura. O rendimento vem dos juros pagos pelas empresas emissoras. O prazo médio desses fundos costuma ser longo, geralmente superior a cinco anos, para acompanhar o ciclo dos projetos financiados.
Por ser um investimento de renda fixa com lastro em projetos reais, esses fundos mesclam segurança relativa e rentabilidade acima da renda fixa tradicional.Em 2025, debêntures incentivadas costumam oferecer uma remuneração líquida próxima a 15% ao ano. Por serem isentas de imposto de renda para pessoas físicas, esse rendimento líquido pode ser mais vantajoso do que investimentos tributados que ofereçam retornos brutos superiores, já que a ausência de desconto fiscal potencializa a rentabilidade final.
Com uma aplicação inicial de R$ 70 mil, mantendo o investimento por 5 anos, considerando juros compostos e ausência de resgates, o montante final chegaria a R$ 140.795,00.
Embora atrativos, esses fundos apresentam riscos, como a inadimplência dos emissores e a variação das taxas de juros. O prazo longo exige disciplina para evitar resgates antecipados, que podem resultar em perdas.
É fundamental avaliar a qualidade da gestão, o portfólio de debêntures do fundo e entender os custos envolvidos, como taxas de administração e performance.