Investir em um fundo de previdência de longo prazo é uma forma eficiente de acumular recursos para a aposentadoria, aproveitando os juros compostos (AndreyPopov/Thinkstock)
Publicado em 27 de março de 2025 às 15h59.
O fundo de previdência é uma das opções mais procuradas para quem pensa no futuro e deseja garantir uma aposentadoria tranquila. A ideia é investir regularmente ao longo dos anos, aproveitando o tempo para acumular um montante significativo que será utilizado quando você não puder mais trabalhar. Mas, quanto rende realmente esse tipo de investimento, especialmente ao investir um valor fixo como R$ 3.000 por mês? Confira como funciona esse tipo de aplicação, quais são as expectativas de rendimento e o impacto do tempo de investimento no retorno final.
Um fundo de previdência é um produto financeiro que permite ao investidor fazer contribuições periódicas para uma carteira de investimentos, com o objetivo de acumular recursos para o futuro. Ele pode ser vinculado a planos de aposentadoria, onde o investidor paga uma contribuição mensal para garantir uma renda futura, ou a outros objetivos financeiros de longo prazo. Em geral, esses fundos são administrados por seguradoras ou instituições financeiras e podem ser compostos por diferentes tipos de ativos, como ações, títulos públicos e privados, dependendo do perfil do plano.
O objetivo de um fundo de previdência de longo prazo é, justamente, aproveitar o tempo para permitir que os investimentos cresçam de maneira consistente, com a ajuda dos juros compostos. A ideia é que, ao longo dos anos, o valor acumulado seja suficiente para garantir um bom padrão de vida na aposentadoria ou para atingir outros objetivos financeiros de longo prazo, como a compra de um imóvel ou a educação dos filhos.
Esses fundos funcionam por meio de aportes periódicos, ou seja, o investidor realiza depósitos mensais, como no caso do exemplo de R$ 3.000 mensais, e o dinheiro é aplicado conforme a estratégia do fundo. O rendimento depende do tipo de fundo escolhido, que pode variar entre conservador, moderado ou agressivo, com diferentes alocações de risco e retorno. Quanto maior o risco, maior a possibilidade de retorno, mas também maiores as chances de perdas. Fundos mais conservadores tendem a gerar retornos mais modestos, mas oferecem maior segurança.
No caso de fundos de previdência de longo prazo, a principal vantagem está no efeito dos juros compostos, ou seja, o dinheiro investido gera rendimentos que, por sua vez, geram novos rendimentos. Quanto mais tempo o investidor deixar o dinheiro aplicado, maior será o impacto desses juros sobre o montante investido.
Para ilustrar como um investimento mensal de R$ 3.000 pode crescer em um fundo de previdência de longo prazo, vamos fazer algumas simulações considerando diferentes horizontes de tempo e uma rentabilidade média de 8% ao ano — uma taxa razoável para fundos de previdência com perfil moderado.
Aos 30 anos: se um investidor de 30 anos aplicar R$ 3.000 por mês até os 60 anos, o montante acumulado ao final de 30 anos seria de aproximadamente R$ 6.692.000, assumindo uma rentabilidade média de 8% ao ano.
Aos 40 anos: para alguém que começa a investir aos 40 anos e contribui com R$ 3.000 por mês até os 60 anos, o valor acumulado seria de cerca de R$ 3.507.000.
Aos 50 anos: investir aos 50 anos, com R$ 3.000 mensais até os 60 anos, resultaria em cerca de R$ 1.493.000 ao final de 10 anos.
A simulação mostra claramente que, quanto mais cedo o investimento for iniciado, maior será o valor acumulado no longo prazo. Isso se deve ao poder dos juros compostos, que fazem o dinheiro render sobre o próprio rendimento, especialmente quando o investimento é realizado de forma contínua e constante. Começar mais cedo permite que o investidor aproveite ao máximo esse efeito, resultando em um montante consideravelmente maior na aposentadoria.
Além disso, é importante observar que os fundos de previdência de longo prazo costumam ter uma política de taxas mais baixas para investidores que optam por contribuições regulares e a longo prazo. Isso contribui para um crescimento mais robusto, pois mais dinheiro fica aplicado e menos é retirado para cobrir custos administrativos.