O CDB é considerado um investimento de baixo risco, por contar com a garantia do FGC para aplicações de até R$ 250 mil por instituição financeira (Vergani_Fotografia/Getty Images)
Publicado em 28 de março de 2025 às 17h01.
Última atualização em 28 de março de 2025 às 17h04.
Com a taxa Selic em níveis elevados, o rendimento de produtos de renda fixa volta a ganhar protagonismo nas estratégias de longo prazo. Aplicar R$ 35 mil em um CDB atrelado ao CDI, em um cenário de juros a 14,25% ao ano, pode mais que triplicar o valor inicial em uma década, graças ao efeito dos juros compostos.
Os CDBs, Certificados de Depósito Bancário, são títulos emitidos por instituições financeiras para captar recursos. Em troca, oferecem ao investidor uma taxa de remuneração, que pode ser prefixada ou, na maioria dos casos, pós-fixada e atrelada ao CDI, indicador que acompanha de perto a Selic. Como o rendimento segue a variação do CDI, períodos de juros altos favorecem diretamente esse tipo de aplicação.
No modelo pós-fixado, o CDB remunera o investidor com base em um percentual do CDI, geralmente entre 90% e 120%, dependendo da instituição e do prazo. Considerando um CDB que paga 100% do CDI e uma Selic constante de 14,25% ao ano, é possível projetar o crescimento de uma aplicação inicial de R$ 35 mil em diferentes horizontes de tempo.
As simulações a seguir consideram aplicação única, sem aportes mensais, com reinvestimento dos rendimentos e incidência de Imposto de Renda pela tabela regressiva (15% após dois anos):
Mesmo com o desconto do imposto e da inflação, o retorno líquido supera com folga o de aplicações tradicionais como poupança ou fundos com altas taxas de administração. O segredo está na capitalização dos juros ao longo do tempo.
O CDB é considerado um investimento seguro. Ele conta com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que cobre até R$ 250 mil por CPF por instituição em caso de falência do emissor. Além disso, por ser renda fixa, oferece previsibilidade e menor volatilidade, ideal para perfis conservadores ou objetivos de longo prazo.
No entanto, é preciso atenção à liquidez. Muitos CDBs com prazos longos não permitem resgate antecipado. Por isso, o investidor deve garantir que não precisará do dinheiro antes do vencimento ou escolher CDBs com liquidez diária, que tendem a ter remuneração menor.
Enquanto a Selic estiver em patamares elevados, como os 14,25% considerados nesta simulação, os CDBs pós-fixados tendem a oferecer retornos atrativos com baixo risco. O investidor que busca crescer seu patrimônio de forma conservadora pode encontrar nos CDBs uma alternativa eficiente, desde que faça uma boa escolha de instituição e prazo.
Mesmo com possíveis mudanças no cenário econômico, a disciplina de manter o investimento no horizonte planejado e a escolha de produtos com bom custo-benefício continuam sendo os principais fatores de sucesso.