O futuro da Neuralink: empresa quer aprimorar seus implantes cerebrais (Jonathan Raa/NurPhoto /Getty Images)
Redatora na Exame
Publicado em 24 de abril de 2025 às 10h10.
Última atualização em 24 de abril de 2025 às 10h15.
Em meio à crise da Tesla em meio à concorrência com veículos elétricos chineses e boicotes por conta da participação do fundador no governo de Donald Trump, uma das empresas do império Elon Inc. vai muito bem, obrigada.
A Neuralink, empresa de implantes cerebrais de Musk, iniciou conversas preliminares com investidores para levantar cerca de US$ 500 milhões. A informação foi divulgada pela Bloomberg, com base em fontes que acompanham de perto a operação.
A nova rodada de captação, ainda sem termos finalizados, daria à companhia um valuation de US$ 8,5 bilhões. É um valuation muito superior ao alcançado em novembro de 2023, a empresa foi avaliada em US$ 3,5 bilhões, segundo dados do PitchBook.
A Reuters, por sua vez, reportou na época um valuation estimado de US$ 5 bilhões.
A Neuralink está em fase de testes com humanos.
O primeiro paciente com o implante cerebral foi capaz de jogar videogame, navegar na internet, acessar redes sociais e mover o cursor do computador usando apenas o cérebro, segundo a empresa. A tecnologia é voltada principalmente para pessoas com paralisia ou doenças degenerativas.
Concorrente direta da Neuralink, a Synchron Inc também está testando um implante para ajudar pessoas com limitações motoras a digitar em computadores.
Apesar de ainda não existir um produto comercial disponível nos EUA, Elon Musk já expressou ambições maiores: além de tratar condições como obesidade, autismo, depressão e esquizofrenia, ele visualiza um futuro em que chips cerebrais sejam usados para navegação na internet e até telepatia.
A empresa é liderada por Jared Birchall, que também cuida do family office de Musk e participa de outras iniciativas do bilionário, cuja fortuna é estimada em US$ 301 bilhões pelo Bloomberg Billionaires Index.