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Ação da Embraer passa a ter novo código na Bolsa hoje: por que mudou?

As ações ordinárias da companhia passam a ser identificadas pelo ticker EMBJ3, a partir desta segunda-feira

A atualização ocorre em um momento bastante positivo para a Embraer no mercado financeiro (Leandro Fonseca /Exame)

A atualização ocorre em um momento bastante positivo para a Embraer no mercado financeiro (Leandro Fonseca /Exame)

Publicado em 3 de novembro de 2025 às 06h00.

Última atualização em 3 de novembro de 2025 às 07h23.

A Embraer inicia as negociações nesta semana com um novo código na B3, a Bolsa de Valores do Brasil. A partir desta segunda-feira, 3, as ações ordinárias da companhia passam a ser identificadas pelo ticker EMBJ3, em substituição ao antigo EMBR3.

A mudança também vale para a Bolsa de Nova York (Nyse), nos Estados Unidos, onde os recibos de ações (ADRs) e os bonds emitidos pela empresa deixam de ser negociados sob o código de ERJ para serem referidos como EMBJ.

O número CUSIP dos valores mobiliários da Embraer emitidos nos EUA permanecerão inalterados. Esse código do Comitê de Procedimentos Uniformes de Identificação de Valores Mobiliários consiste em nove caracteres, o que inclui letras e números, que identificam de forma única uma empresa ou emissor e o tipo de instrumento financeiro.

O que está por trás da mudança?

As mudanças nos tickers foram comunicadas ao mercado no dia 13 de outubro. Segundo a fabricante de aeronaves, a substituição dos antigos códigos faz parte de um processo de padronização e modernização da marca nos mercados de capitais, em linha com a nova fase de expansão da empresa brasileira.

O objetivo da medida é reforçar a "estratégia de fortalecimento do reconhecimento global da marca, ao aproximar a identidade visual e operacional entre os dois principais mercados onde possui papéis listados".

A atualização ocorre em um momento bastante positivo para a Embraer no mercado financeiro. No acumulado de 2025, as ações da Embraer acumulam alta de 50,5% na bolsa brasileira.

A Embraer atingiu um número recorde de US$ 31,3 bilhões em sua carteira de pedidos no terceiro trimestre de 2025, o maior volume em nove anos. Segundo a empresa, o desempenho reflete o aumento da demanda em todas as unidades de negócios.

Em 6 de outubro, a companhia confirmou a venda de quatro aeronaves multimissão C-390 Millennium ao governo da Suécia, com sete opções adicionais de compra.

O contrato consolida a presença da Embraer no setor de defesa europeu, onde já atua com Áustria, Holanda, Hungria e Portugal.

Antes disso, em setembro, a Embraer anunciou a venda de 24 jatos regionais E195-E2 para a Latam Airlines por US$ 2,1 bilhões (R$ 11,2 bilhões pela taxa de câmbio atual). O acordo inclui uma opção de compra, pela Latam, de mais 50 aeronaves. Entre julho, agosto e setembro, a fabricante brasileira ainda registrou uma venda para a SAS de US$ 4 bilhões e de US$ 4,4 bilhões para a Avelo no setor de aviação comercial.

Em balanço financeiro do segundo semestre, a Embraer reportou um lucro de R$ 675 milhões. A companhia teve um resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado de R$ 1,39 bilhão, avanço sobre os R$ 995,5 milhões de um ano antes.

O próximo balanço será divulgado nesta terça-feira, 4, antes da abertura do mercado.

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