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Ação da Multiplus já não tem muito espaço para subir, afirma analista

Ágora tem boas perspectivas para a empresa, mas a valorização de 50% neste ano não deixa muito espaço para alta forte

Avião da TAM: Multiplus, empresa de programa de fidelidade da companhia aérea, tem boa perspectiva, mas pouco espaço para subir na bolsa, diz Ágora

Avião da TAM: Multiplus, empresa de programa de fidelidade da companhia aérea, tem boa perspectiva, mas pouco espaço para subir na bolsa, diz Ágora

DR

Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2012 às 10h54.

São Paulo – A Ágora, corretora do Bradesco, começou a cobertura das ações da Multiplus (MPLU3), programa de pontuação da TAM, com recomendação de manutenção dos papéis e preço-alvo estimado em 50 reais, um potencial de valorização de 5,99% sobre o fechamento de sexta-feira.

Em relatório de análises enviado para clientes, os analistas da Ágora afirmam que têm boa estimativa para a empresa, mas que o recente desempenho na BM&FBovespa (alta superior a 50% neste ano) e o potencial limitado de valorização para o papel, faz com que a recomendação ainda não seja de compra.

No documento, o analista Aloísio Lemos destaca que a companhia tem um modelo de negócio simples, baseado principalmente em tecnologia da informação e construção de marca, o que demanda pouco investimento em capital fixo.

“A empresa está presente em um segmento que ainda tem amplo espaço para crescimento, uma vez que tem forte correlação com a expansão da indústria de cartões de crédito”, escreveu o analista.

A Multiplus tem duas fontes de receitas principais. A da venda de pontos para empresas parceiras, e a receita de “breakage”, que significa pontos adquiridos, mas que venceram antes dos clientes utilizarem.

Em 2011, por exemplo, a taxa de breakage foi de 24,1% e a expectativa é que caia para 21,9% neste ano. “Acreditamos que a taxa de breakage deverá apresentar uma redução gradual até alcançar, aproximadamente, 18,5% em 2013, nível que deverá permanecer estável a partir de então”, afirmou o analista.

Essa dependência do breakage é colocada como um dos fatores de risco para o desempenho das ações. Além disso, a Ágora destaca também riscos a competição no setor, riscos regulatórios, e presença de um sócio com grande participação, como é a TAM, com mais de 70% da companhia.

A questão cambial também é um fator de atenção, já que os pontos são concedidos em dólar.

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