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Ações da Abercrombie caem 9% após projeção fraca para 2025

A empresa projeta um crescimento de 3% a 5% nas vendas, abaixo dos 6,77% esperados por analistas

Carolina Ingizza
Carolina Ingizza

Redatora na Exame

Publicado em 6 de março de 2025 às 07h08.

As ações da Abercrombie & Fitch caíram mais de 9% na última quarta-feira, 6, depois que a varejista divulgou projeções para 2025 abaixo das expectativas do mercado. As ações da empresa acumulam queda de 43% no ano, mas ainda assim subiram mais de 670% nos últimos cinco anos.

Após dois anos de forte crescimento, a empresa projeta um aumento de 3% a 5% nas vendas deste ano, abaixo dos 6,77% esperados por analistas e longe da alta de 14% registrada em 2024.

O fraco guidance reflete, em parte, o impacto das tarifas americanas sobre os custos de frete e o consumo. A empresa informou que sua projeção considera as tarifas atuais sobre China, Canadá e México, mas não inclui possíveis novas tarifas.

O setor de vestuário enfrenta um cenário desafiador, com inflação acumulada de 8,5% nos últimos três anos e pouca margem para repasse de preços.

Apesar de afirmar que pretende evitar aumentos expressivos, a Abercrombie não descarta ajustes pontuais nos valores de seus produtos. A empresa projeta uma margem operacional entre 8% e 9% para o trimestre e 15% para o ano.

Outro fator que pesa sobre a marca é a desaceleração das vendas de jeans, reflexo do retorno ao trabalho presencial.

Agora, investidores voltam a atenção para outras varejistas. A tendência de guidance mais fraco deve se repetir entre grandes marcas, como Macy's, Victoria’s Secret, Gap e American Eagle.

A Macy’s, que divulga seus resultados nesta quinta-feira, 6, já anunciou o fechamento de 66 lojas deficitárias em 2024 como parte de um plano maior de reestruturação.

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