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Ações da Nvidia atingem máxima histórica depois de Trump flexibilizar exportações de chips

Papéis da companhia de Jensen Huang operavam em alta de quase 5% na manhã desta terça-feira, 15

: Nvidia atinge máxima histórica no mercado de tecnologia (Montagem EXAME//Wikimedia Commons)

: Nvidia atinge máxima histórica no mercado de tecnologia (Montagem EXAME//Wikimedia Commons)

Raphaela Seixas
Raphaela Seixas

Estagiária de jornalismo

Publicado em 15 de julho de 2025 às 11h45.

As ações da Nvidia (NVDA) atingiram nesta terça-feira, 15, uma nova máxima histórica. A empresa registrou uma alta de quase 5% nos papéis, com cotação próxima a US$ 170 após o impacto de um novo gesto de apoio do governo dos Estados Unidos à flexibilização das vendas de chips avançados para a China.

Esse movimento acontece em meio à crescente demanda global por tecnologia de inteligência artificial (IA) e acelera ainda mais a ascensão da Nvidia, que se tornou em 2025  a empresa mais valiosa do mundo, com um valor de mercado estimado em impressionantes US$ 4 trilhões, superando Apple, Microsoft e outras gigantes tradicionais do setor tecnológico. Às 11h42, no horário de Brasília, a empresa era avaliada em cerca de US$ 4,2 trilhões.

A volta por cima

Em abril as ações da Nvidia estavam sendo negociadas em valor mínimo devido a restrições e incertezas globais. Desde então, os papéis da Nvidia tiveram alta acumulada de 74%.

De acordo com levantamento da consultoria Gartner, em 2024 a Nvidia assumiu a liderança global no mercado de semicondutores com uma participação de aproximadamente 11,7%, superando gigantes como Samsung e Intel, que tradicionalmente lideravam esse ranking.

A relevância da Nvidia também se confirma nos números financeiros mais recentes apresentados pela própria empresa. No primeiro trimestre fiscal de 2026, encerrado em abril, a companhia reportou receita total de US$ 44,1 bilhões, um aumento de 69% em comparação com o mesmo período do ano anterior, sendo a maior parte proveniente do segmento de data centers, responsável por US$ 39,1 bilhões — quase 90% do faturamento consolidado.

O lucro líquido alcançou US$ 18,77 bilhões, 26% superior ao do ano passado, com margem bruta de 73,5%. Apesar de um impacto contábil negativo de cerca de US$ 4,5 bilhões devido à desvalorização de estoques vinculada às restrições comerciais, o desempenho operacional e as perspectivas futuras permanecem robustos.

Inovação e parcerias estratégicas

A linha de produtos Blackwell Ultra, recém-lançada, se destaca como um dos principais motores dessa demanda crescente, alimentando contratos estratégicos com empresas como Microsoft, Google, Amazon e Tesla. Essas parcerias reforçam a presença da Nvidia na vanguarda da revolução da inteligência artificial.

No mercado financeiro, essa performance coloca a Nvidia entre as maiores companhias globais. O cenário que impulsiona essa valorização está marcado pela crescente demanda por semicondutores, que deve atingir cerca de US$ 700 bilhões em 2025, impulsionada por inovações em IA, veículos autônomos e computação em nuvem.

O impacto da flexibilização das vendas para a China

O movimento das ações da Nvidia foi fortemente influenciado por uma mudança de postura do governo dos Estados Unidos. Sob a gestão Trump, as restrições às vendas de chips avançados para a China haviam sido endurecidas em abril de 2025, afetando negativamente as receitas da empresa.

A Nvidia, que depende desse mercado estratégico, enfrentou uma perda estimada de US$ 15 bilhões devido à suspensão das vendas dos chips H20, unidades de processamento gráfico essenciais para o mercado chinês.

Nesta terça-feira, o governo dos EUA autorizou a retomada das vendas dos chips H20 para a China, revertendo parcialmente as restrições. Essa decisão provocou uma alta imediata nas ações da Nvidia, superior a 4%. Em um vídeo, o CEO da Nvidia, Jensen Huang, expressou sua satisfação com a novidade, destacando a importância da China para o faturamento global da empresa e sua estratégia de expansão.

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