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Ações da Nvidia disparam e impulsionam alta global em empresas de chips

Apesar das restrições de exportação dos EUA, resultados financeiros positivos animam investidores

Nvidia: empresa é vista como termômetro do mercado para investidores. (Jonathan Raa/NurPhoto/Getty Images)

Nvidia: empresa é vista como termômetro do mercado para investidores. (Jonathan Raa/NurPhoto/Getty Images)

Estela Marconi
Estela Marconi

Freelancer

Publicado em 29 de maio de 2025 às 07h35.

As ações da Nvidia dispararam no pré-mercado desta quinta-feira, 28, após a empresa divulgar resultados trimestrais acima das expectativas. O desempenho positivo desencadeou a valorização em empresas de semicondutores em todo o mundo.

Por volta das 07h53, os papeis da Nvidia subiam 6,5%. Acompanhia informou lucros e receitas superiores às projeções de mercado, mesmo com as restrições impostas pelos Estados Unidos à exportação de chips para a China.

A Nvidia é vista por investidores como um termômetro do setor de semicondutores e de ações ligadas à inteligência artificial. Os resultados da empresa estimularam o otimismo em outras empresas do setor.

No Japão, a Tokyo Electron encerrou o dia com alta superior a 4%. Na Coreia do Sul, a SK Hynix — fornecedora de memória de alta largura de banda para a Nvidia — avançou quase 2%.

Na Europa, as ações de ASM International, BE Semiconductor Industries e ASML também operaram em alta. Já nos Estados Unidos, o desempenho da Nvidia impulsionou empresas como Marvell, que subia até 7% no pré-mercado, além da Qualcomm, que também registrava valorização.

Apesar do bom momento, o setor de semicondutores enfrenta desafios como as políticas tarifárias dos EUA e restrições de exportação de tecnologia para a China. Empresas como a ASML, responsável por máquinas essenciais na fabricação de chips avançados, perderam bilhões em valor de mercado nos últimos meses.

A Nvidia revelou que precisou descartar US$ 4,5 bilhões em estoques do chip H20, que não puderam ser enviados à China por conta das sanções. Além disso, a empresa calculou uma perda adicional de US$ 2,5 bilhões em receitas.

Segundo reportagem da agência internacional Reuters, publicada nesta quinta-feira, 28, os Estados Unidos continuam ampliando as restrições e determinando que diversas empresas, incluindo fornecedoras de produtos químicos e softwares de design para semicondutores, devem interromper o envio de bens à China sem licença prévia.

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